Publicação: 10/01/07
“Contaminadas” pelo tombo do petróleo, as cotações de praticamente todas as principais commodities agrícolas caíram ontem nas bolsas de Chicago e Nova York. Em Chicago, onde são negociados soja, milho e trigo, a queda foi generalizada; em Nova York, que abriga açúcar, café, cacau, suco de laranja e algodão, apenas o suco escapou da correnteza.
Sem notícias ligadas aos chamados “fundamentos” do mercado, os preços da soja foram guiados por movimentos de fundos de investimentos e especuladores, e estes foram diretamente influenciados pelo comportamento do mercado de petróleo.
Os contratos do grão com vencimento em janeiro encerraram a sessão negociados a US$ 6,5350 por bushel, em baixa de 11,50 centavos de dólar, ao passo que os futuros para entrega em março fecharam a US$ 6,6450, com retração de 12,75 centavos.
Além do petróleo, ajudaram a derrubar as cotações as previsões climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras na América do Sul.
No caso do trigo, o fator América do Sul também pesou, pela expectativa de aumento da produção argentina. Em Chicago, os futuros para março caíram 11 centavos de dólar por bushel, para US$ 4,53, enquanto na bolsa de Kansas a retração dos contratos para entrega também em março foi de 7,50 centavos de dólar, para US$ 4,7150 por bushel.
No mercado de milho, os papéis para março perderam 9 centavos de dólar por bushel em Chicago e encerraram o dia a US$ 3,5450, ao passo que maio encerrou a sessão de ontem negociado a US$ 3,6450, em baixa de 8,75 centavos de dólar.
Analistas ouvidos pelas agências internacionais reforçaram que, na ausência de notícias diretamente ligadas aos fundamentos desses mercado, fatores exógenos ganham peso em razão do fortalecimento da posição dos fundos nas commodities agrícolas. E que, para o milho, a ligação com o petróleo hoje é mais próxima em virtude da febre do etanol nos EUA.