Mesmo com o fluxo mais ativo, as vendas continuam abaixo de igual período do ano passado, quando a comercialização estava em 26%
Porto Alegre, 26 de abril de 2024 – Levantamento de SAFRAS revela que, até o último dia 08 de maio, 20% do potencial da safra brasileira 2024 de café já havia sido vendido pelos produtores. Isso representa um avanço de 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Apesar desse avanço, o fluxo de negócios ainda está atrasado em comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu cerca de 24% da safra, e está abaixo da média para o período, que é de 27%.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, as negociações com café arábica apontam vendas de 22% da safra BR-24. Mesmo com o fluxo mais ativo, as vendas continuam abaixo de igual período do ano passado, quando a comercialização estava em 26% e aquém da média de 5 anos para o período, que gira em torno de 30% da safra vendida.
As vendas de café conilon avançaram 6 pontos percentuais e alcançam 15% da produção. Apesar desse avanço, a comercialização continua abaixo tanto do mesmo período do ano passado quanto da média dos últimos 5 anos, ambos em torno de 20% da produção.
2023/24
A valorização dos preços do café ao longo do último mês de abril serviu de impulso adicional para as vendas no mercado físico disponível. De acordo com levantamento da SAFRAS, até o último dia 08 de maio, os produtores haviam comprometido 94% da safra 23/24 (jul/jun). Isso representa um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior e supera o mesmo período do ano passado, quando 91% da produção havia sido vendida. Além disso, está acima da média dos últimos cinco anos (2019 e 2023), que registra uma comercialização de 92% da safra para esse período.
Segundo o Consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, as vendas de café arábica foram as que mais avançaram, alcançando 92% da produção, reforçando a ideia de um produtor bastante ativo e buscando aproveitar o bom momento dos preços. Esses números já superam igual período do ano passado, quando as vendas representavam 89% da safra, e a média dos últimos cinco anos (90%). “Destaque para o bom andamento das vendas no Sul de Minas, com destaque para as cooperativas, e no Cerrado de Minas”, indica.
“A comercialização de conilon diminuiu o ritmo nessa reta final de safra, apesar da disparada do preço. A pouca disponibilidade e o foco cada vez maior na próxima safra justificam o andamento mais lento da comercialização”, avalia Barabach. Mesmo assim, as vendas de conilon alcançam 97% da produção, um número superior ao mesmo período do ano passado (94%) e acima da média dos últimos cinco anos (95%).
Lessandro Carvalho
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