Com sinais de forte reversão, analista recomenda a compra de café na bolsa

Para ele, que abriu nesta tarde uma recomendação de compra na commodity, essa alta pode ser sustentada pelos seguintes fatores

SÃO PAULO – Embora ainda pouco explorado pelos investidores de varejo, os contratos futuros de café, negociados na B3, ganham destaque nesta segunda-feira (3). Isso porque uma combinação de 3 fatores pode puxar uma reversão no preço da commodity, que vem de 5 meses seguidos de queda, levando a uma alta de até 30% no médio prazo, alerta o analista Danilo Zanini, da XP Investimentos.


Para ele, que abriu nesta tarde uma recomendação de compra na commodity, essa alta pode ser sustentada pelos seguintes fatores: possibilidade de geada na região de Minas Gerais; zeragem dos fundos vendidos em café; e sinais de reversão nos gráficos semanal e mensal da commodity (veja a explicação detalhada abaixo).



Por conta dessa leitura, ele indicou hoje a compra dos contratos futuros do café ICFU17 – que têm vencimento em setembro de 2017 – nos US$ 151,00 (mas a entrada pode ser feita até os US$ 153,00), com uma redução parcial em US$ 167,00 e final em US$ 200,00, o que representa um potencial de alta de até 30,7%. O “stop loss” da operação ficaria nos US$ 139,20.


Caso a análise se concretize, o investidor que a seguir a recomendação pode ganhar até R$ 21.450,00, usando como exemplo 2 contratos por operação. Vale menção que a margem de garantia por contrato futuro é de R$ 7.500,00 na XP Investimentos. Ou seja, no exemplo, o investidor precisaria ter R$ 15.000,00 como garantia. 


Para encontrar esse lucro, é feito o seguinte cálculo: variação dos contratos x 100 x taxa de câmbio referencial (hoje em R$ 3,30) x quantidade de contratos. Isto é, seguindo à risca a operação, o investidor embolsaria R$ 5.280,00 (16 x 100 x 3,30 x 1) na redução parcial em US$ 167,00, com a realização do lucro de um contrato; mais R$ 16.170,00 na saída final da operação aos US$ 200,00 (49 x 100 x 3,30 x 1), chegando a um lucro total de R$ 21.450,00, sem considerar os custos envolvendo a operação. Já no caso de sofrer um “stop”, isto é, a operação andar na direção oposta, o investidor perderia R$ 7.788,00.


Os 3 fatores para acreditar em reversão dos preços:


1) Possibilidade de geada


Com a semana iniciando com frio intenso em áreas produtoras de café no Brasil, o analista aponta para o aumento de risco de geada na região de Minas Gerais, que poderia prejudicar safra do café. Segundo informações do Climatempo, contudo, não há chances de geada no cinturão do grão pelo menos nos próximos dias.


O instituto de meteorologia Somar informou hoje que a passagem de uma frente fria provocou chuva fraca em algumas áreas produtoras do Paraná, sul de Minas Gerais, Zona da Mata, Espírito Santo e sul da Bahia no início desta semana.


2) “Stop” dos fundos vendidos na commodity


Ele aponta também para a posição “short” (apostando na queda) dos fundos de investimentos na commodity, que atingiu o maior nível desde 2013. Apesar da exposição, os preços do café pararam de cair e esses fundos podem tentar “stopar” suas posições, comenta.


“Caso o cenário de alta se concretize nos próximos dias, muitos fundos terão que ‘stopar’ a sua posição e isso poderá ajudar na alta do café”, comenta. No pregão do dia 30 de junho, os fundos estavam com posições vendidas de 42.454 mil contratos.


3) Sinais de reversão gráfica


Por fim, o analista aponta para sinais de reversão nos gráficos semanal e mensal da commodity.


De olho no semanal: o café tem demonstrado exaustão da queda. Dois fatores levaram a esse análise: a formação de um candle de reversão (martelo) na semana de 19 de junho, que sugere um movimento de alta no curto prazo; na semana passada (de 26 de junho), quando a commodity registrou valorização de 2,49%, tivemos a formação de outro outro candle comprador – um engolfo de alta -, comenta o analista.


De olho no mensal: O café formou um candle de reversão (um martelo), que sugere a interrupção da queda dos últimos 5 meses. Um possível cenário de repique, um movimento de alta dentro de uma tendência de baixa poderia levar o café até os patamares de US$ 165 / US$ 178 no curto prazo (onde encontra-se o ponto para redução parcial da operação). Pensando em um cenário mais otimista, o café pode subir até os US$ 190/US$ 220 no médio prazo, indica o analista.


Leia a notícia na íntegra no site InfoMoney

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