Hoje é comemorado o Dia da Imigração Japonesa no calendário do Município de Umuarama. A comemoração foi instituída com a lei 2.680/2005, de autoria do Vereador Cayo Toshihiro Nishigawa e foi sancionada em 28 de abril de 2005 pelo prefeito Luiz Renato Ribeiro. Neste dia completam-se 98 anos de Imigração Japonesa no Brasil. Umuarama, conta atualmente com cerca de 450 famílias de origem nipônica que atuam nas mais diversas áreas, seja na Agricultura, Pecuária, Educação e Cultura, Ciência e Tecnologia, Culinária, Saúde, Artes e Política. A homenagem a comunidade nikkei ressalta a importante contribuição no desenvolvimento sócio-econômico-cultural da “capital da amizade”. Em 2008 será comemorado o centenário da imigração japonesa no Brasil e diversas celebrações estão agendadas para a cidade e região. Através da Associação Cultural e Esportiva de Umuarama, mais conhecida como ACEU, um extenso calendário de festividades, já está em fase de organização e preparação, inclusive com a vinda de representantes do governo japonês e da família imperial japonesa para as festividades.
História No Ano de 1908, às 09:30 da manhã do dia 18 de junho, chegava ao Porto de Santos, o vapor Kasato-Maru, primeiro navio com 781 imigrantes japoneses. O navio Kasato-Maru partiu do porto de Kôbe – Japão, levando 52 dias até seu destino. As 165 famílias vindas de onze províncias do Japão, principalmente Tokio, Fukushima, Kagoshima, Kumamoto, Okinawa, Ehimé, Yamagushi, Hiroshima, Kochi, Niigata e Yamanaki, vieram em busca do sonho de uma nova vida e de trabalho nas fazendas de café do Estado de São Paulo, nas regiões de Sorocaba, Itu, Paulista e posteriormente no Estado do Paraná, nas cidades de Rolândia, Assaí, Londrina e Maringá. Começa então a saga da colonização japonesa no Brasil, e 18 de junho passa a constituir-se em um símbolo do relacionamento entre Brasil e Japão e o princípio das profundas relações que se estabeleceram entre os povos dos dois países, que já dura quase um século. “É indiscutível o quanto os japoneses têm contribuído para a formação, o crescimento e o desenvolvimento do nosso País”, comenta o vereador Cayo. Na economia nacional, pelo trabalho árduo e dedicado, tanto na agropecuária como na indústria, no comércio, nos ofícios e nas atividades liberais, o braço nikkei se fez sentir no Brasil, particularmente nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pará revelando não apenas a operosidade, mas, sobretudo, a diligência, a criatividade e o espírito empreendedor. Nas relações sociais, seja na vida em família ou nos grupos de interesse, como nas atividades religiosas, lúdicas e desportivas, o modo nikkei de ser, deixou-nos para sempre suas marcas de alegria, espontaneidade e generosidade. Na cultura nacional não se pode prescindir das magníficas e ricas influências da música, da dança, da literatura e das artes plásticas e cênicas dos japoneses. É inconcebível pensar, por exemplo, no nosso teatro e cinema, sem contar com a presença e o espírito artístico japonês. E o mesmo pode ser afirmado em relação à língua portuguesa, à literatura, à música, ao canto e à dança – à canção e à ópera, de modo particular. Na culinária, então, as influências do Japão são tão marcantes que dispensam comentários. “Cabe ainda destacar o grau de excelência no desempenho de imigrantes e de seus descendentes nas atividades acadêmicas brasileiras, tanto no ensino como na pesquisa e na extensão universitária, sobretudo nos campos das ciências exatas, da engenharia e da informática” finalizou o Vereador Cayo.