SAFRAS (26) – As exportações colombianas de cafés especiais não deverão aumentar esse ano, mas sim, se manter estáveis, à medida que os compradores internacionais estão relutantes em comprar os grãos devido aos altos preços internacionais, disse a Federação de Café do país.
As fortes chuvas no começo desse ano e o programa de renovação dos cafezais que temporariamente deixou algumas terras fora de uso também reduziram a produção de grãos especiais, ajudando a aumentar os preços do café colombiano.
Os envios de cafés especiais de cafeicultores da Federação deverão totalizar 1,05 milhão de sacas de 60 quilos nesse ano, ou seja, sem mudanças com relação ao ano anterior, disse o diretor de cafés especiais, Rodrigo Calderon.
A Federação é responsável por 65% das exportações totais de cafés especiais do país.
Os compradores pagam até US$ 1,83 por libra de café especial colombiano comparado com US$ 1,68 pago pelos grãos verdes da Colômbia, disse o representante da Industria Cafetera La Meseta, Jose Fernando Munoz, que planeja exportar 150.000 sacas nesse ano.
Apesar da estabilidade nas exportações de cafés especiais esse ano, as torrefadoras internacionais ainda estão bastante interessadas nas ofertas da Colômbia. A principal torrefadora da Itália, a illycaffè, premiou recentemente um pequeno grupo de cafeicultores com o prêmio de melhores grãos do país, permitindo que 150 cafeicultores da Província de Casanare vendessem seus produtos à companhia. O lote vencedor consistia de 25.000 quilos de cafés
especiais produzidos na municipalidade de Tamara. A illycaffè pagará aos produtores dessa Província cerda de US$ 1,83 por libra, disse o representante dos cafeicultores de Casanare, Pedro Leal. Ele estimou que os produtores poderão vender à illycaffè 100.000 quilos no próximo ano.
A illycaffè selecionou o café de Casanare porque é produzido com alta diversidade biológica e fertilização orgânica. A empresa tem comprado 10.000 sacas de 70 quilos de café premium colombiano por ano das províncias de Norte de Santander, Huila, Cauca, Tolima, Narino e, agora, Casanare, para produzir café expresso arábica. As informações partem de agências internacionais, segundo noticiou o CaféPoint. (LR)