Colômbia: produção pode ser afetada por El Niño
(30/10/2009 14:43)
Expectativas de fortes secas afetando a Colômbia nos primeiros três meses de 2010 levaram alguns cafeicultores colombianos a reduzirem suas estimativas de produção para o próximo ano. O fenômeno climático El Niño está produzindo altas temperaturas no país e a tendência é de piorar no primeiro trimestre do ano.
As chuvas em setembro foram 30% menores nos departamentos produtores de café de Santander, Norte de Santander, Quindio, Tolima, Huila e Narino comparado com os níveis médios de setembro dos anos anteriores. Foi o setembro mais seco dos últimos 12 anos, disse o diretor de previsão climática do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) do Governo colombiano, Humberto Gonzalez.
No entanto, o pior do El Niño ainda está por vir. As chuvas de outubro a dezembro deverão cair em 30% com relação aos níveis médios, enquanto as precipitações serão ainda menores durante o primeiro trimestre de 2010. “Os níveis médios de chuvas de outubro a dezembro serão abaixo do normal, afetando principalmente a região dos Andes, onde a maioria da produção de café está localizada. A estação seca poderá piorar entre janeiro e março, quando o El Niño deverá se intensificar”.
As áreas produtoras de café de Quindio, Risaralda, Antioquia e Tolima, que são responsáveis por 52,4% da produção total de grãos do país, sem o El Niño, teriam chuvas médias de 2.150 milímetros esse ano. No entanto, as chuvas totalizarão somente 1.500 milímetros no ano, previu Gonzalez.
As previsões climáticas levaram o estado de Huila a reduzir sua estimativa de produção para o próximo ano para 1,7 milhão de sacas de 60 quilos, menos que a projeção inicial de 2 milhões de sacas, disse o representante dos produtores na província, Hector Falla.
De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa de Café (Cenicafe), a estação meteorológica de Paraguaicito, localizada na municipalidade de Buenavista, estado de Cauca, recebeu em setembro um sexto das chuvas que recebe em média no mês. Cauca produz 7% do café do país.
A mesma situação ocorreu na municipalidade produtora de café de Líbano, no estado de Tolima, que teve 70 milímetros de chuvas em setembro comparado com 220 milímetros que é a média do mês. Tolima produz 11,3% do café da Colômbia, o terceiro maior produtor de café entre os departamentos do país.
Durante os primeiros 22 dias de outubro, as chuvas aumentaram comparadas com setembro, mas ainda ficaram abaixo dos níveis médios. A estação meteorológica de Naranjal, próxima à região produtora de café de Chinchina, recebeu 224 milímetros de chuvas nos primeiros 22 dias de outubro, menos que a média de 288 milímetros no mesmo período dos últimos anos, disse o Cenicafe.
A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Café e Mercado
[30/10/2009]
Expectativas de fortes secas afetando a Colômbia nos primeiros três meses de 2010 levaram alguns cafeicultores colombianos a reduzirem suas estimativas de produção para o próximo ano. O fenômeno climático El Niño está produzindo altas temperaturas no país e a tendência é de piorar no primeiro trimestre do ano.
As chuvas em setembro foram 30% menores nos departamentos produtores de café de Santander, Norte de Santander, Quindio, Tolima, Huila e Narino comparado com os níveis médios de setembro dos anos anteriores. Foi o setembro mais seco dos últimos 12 anos, disse o diretor de previsão climática do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (IDEAM) do Governo colombiano, Humberto Gonzalez.
No entanto, o pior do El Niño ainda está por vir. As chuvas de outubro a dezembro deverão cair em 30% com relação aos níveis médios, enquanto as precipitações serão ainda menores durante o primeiro trimestre de 2010. “Os níveis médios de chuvas de outubro a dezembro serão abaixo do normal, afetando principalmente a região dos Andes, onde a maioria da produção de café está localizada. A estação seca poderá piorar entre janeiro e março, quando o El Niño deverá se intensificar”.
As áreas produtoras de café de Quindio, Risaralda, Antioquia e Tolima, que são responsáveis por 52,4% da produção total de grãos do país, sem o El Niño, teriam chuvas médias de 2.150 milímetros esse ano. No entanto, as chuvas totalizarão somente 1.500 milímetros no ano, previu Gonzalez.
As previsões climáticas levaram o estado de Huila a reduzir sua estimativa de produção para o próximo ano para 1,7 milhão de sacas de 60 quilos, menos que a projeção inicial de 2 milhões de sacas, disse o representante dos produtores na província, Hector Falla.
De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa de Café (Cenicafe), a estação meteorológica de Paraguaicito, localizada na municipalidade de Buenavista, estado de Cauca, recebeu em setembro um sexto das chuvas que recebe em média no mês. Cauca produz 7% do café do país.
A mesma situação ocorreu na municipalidade produtora de café de Líbano, no estado de Tolima, que teve 70 milímetros de chuvas em setembro comparado com 220 milímetros que é a média do mês. Tolima produz 11,3% do café da Colômbia, o terceiro maior produtor de café entre os departamentos do país.
Durante os primeiros 22 dias de outubro, as chuvas aumentaram comparadas com setembro, mas ainda ficaram abaixo dos níveis médios. A estação meteorológica de Naranjal, próxima à região produtora de café de Chinchina, recebeu 224 milímetros de chuvas nos primeiros 22 dias de outubro, menos que a média de 288 milímetros no mesmo período dos últimos anos, disse o Cenicafe.
A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.