São Paulo – O próximo ano será de mais recordes para o agronegócio, em produção, receita e exportações. Mas o ritmo de crescimento diminui, já que a perspectiva é de preços internacionais mais baixos que os atuais.
Estimativas da RC Consultores indicam uma colheita de grãos de 144,1 milhões, 9% superior à passada. A empresa prevê aumento de 6,8% na receita do agronegócio – incluindo grãos e culturas permanentes -, que somará R$ 129,4 bilhões, e acréscimo de 4% nas vendas externas, que totalizarão US$ 48 bilhões. O crescimento é inferior à temporada 2006/07, quando a safra foi 9% superior, a receita 18,6% maior e as exportações 15,6% mais elevadas.
Fábio Silveira, economista da RC Consultores, diz que a expansão da receita e das exportações se dará pelo volume maior. Ele prevê área e produtividade superiores para os grãos devido ao maior uso de fertilizantes.
Pelas estimativas da consultoria, o maior incremento se dará no milho: 55,8 milhões de toneladas ou 10% mais, seguido pela soja – 62,8 milhões de toneladas ou acréscimo de 9,9%. A receita dos grãos ficará em R$ 64,2 milhões. “Na média, haverá uma estabilidade dos preços em reais”, diz.
A RC Consultores prevê uma cotação média do milho de R$ 20,70 a saca (60 quilos). Segundo ele, mesmo com a queda no preço atual, em virtude da colheita da safrinha, o grão ainda é atrativo frente à soja. Por isso, a consultoria projeta que em 2008 o País vai exportar 11,1 milhões de toneladas do cereal, tornando-se o segundo maior vendedor do mundo, atrás dos Estados Unidos. “A tendência é que o Brasil abra mercados porque haverá escassez mundial por causa do etanol”, afirma. De acordo com o economista, a transmissão da alta do preço do milho no mercado internacional para o interno não ocorreu totalmente e ainda estará em marcha em 2008.
O algodão terá elevação de 5,2% na colheita, estimada em 4 milhões de toneladas (em caroço). Pelas projeções, os preços internacionais da fibra continuam altos – valorização de 3,6%. Silveira diz que os patamares serão melhores porque há poucos países que podem aumentar a produção no mundo e os Estados Unidos abriram mão de áreas para o milho.
Para as demais culturas a RC Consultores estima aumento de 8% na colheita de cana-de-açúcar, de 18% na do café – em virtude do ciclo de bianualidade – e de 2,9% para a laranja. Silveira diz que em 2008 o preço médio do açúcar ficará estável, depois da queda de 30% neste ano. Por sua vez, a safra maior do Brasil reduzirá em 5,5% os preços do café.
Pelas projeções da empresa o ritmo do crescimento das exportações será menor porque muitos produtos viveram um “boom” de preços internacionais neste ano. É o caso da soja, que cuja cotação será estável em US$ 7,85 o bushel, depois de uma elevação de 32% neste ano. Silveira projeta estabilidade para as carnes, uma vez que em 2008 haverá o retorno de grandes vendedores, como a Austrália, Argentina e Estados Unidos. Na avaliação do economista, o câmbio – projetado para R$ 2 o dólar – também influenciará no resultado das exportações do campo.
(Fonte: Gazeta Mercantil/Neila Baldi)
São Paulo, 6 de Agosto de 2007 – O próximo ano será de mais recordes para o agronegócio, em produção, receita e exportações. Mas o ritmo de crescimento diminui, já que a perspectiva é de preços internacionais mais baixos que os atuais.
Estimativas da RC Consultores indicam uma colheita de grãos de 144,1 milhões, 9% superior à passada. A empresa prevê aumento de 6,8% na receita do agronegócio – incluindo grãos e culturas permanentes -, que somará R$ 129,4 bilhões, e acréscimo de 4% nas vendas externas, que totalizarão US$ 48 bilhões.
O crescimento é inferior à temporada 2006/07, quando a safra foi 9% superior, a receita 18,6% maior e as exportações 15,6% mais elevadas.
Fábio Silveira, economista da RC Consultores, diz que a expansão da receita e das exportações se dará pelo volume maior. Ele prevê área e produtividade superiores para os grãos devido ao maior uso de fertilizantes.
Pelas estimativas da consultoria, o maior incremento se dará no milho: 55,8 milhões de toneladas ou 10% mais, seguido pela soja – 62,8 milhões de toneladas ou acréscimo de 9,9%. A receita dos grãos ficará em R$ 64,2 milhões. Na média, haverá uma estabilidade dos preços em reais, diz.
A RC Consultores prevê uma cotação média do milho de R$ 20,70 a saca (60 quilos). Segundo ele, mesmo com a queda no preço atual, em virtude da colheita da safrinha, o grão ainda é atrativo frente à soja. Por isso, a consultoria projeta que em 2008 o País vai exportar 11,1 milhões de toneladas do cereal, tornando-se o segundo maior vendedor do mundo, atrás dos Estados Unidos.
A tendência é que o Brasil abra mercados porque haverá escassez mundial por causa do etanol, afirma. De acordo com o economista, a transmissão da alta do preço do milho no mercado internacional para o interno não ocorreu totalmente e ainda estará em marcha em 2008.
O algodão terá elevação de 5,2% na colheita, estimada em 4 milhões de toneladas (em caroço). Pelas projeções, os preços internacionais da fibra continuam altos – valorização de 3,6%. Silveira diz que os patamares serão melhores porque há poucos países que podem aumentar a produção no mundo e os Estados Unidos abriram mão de áreas para o milho.
Para as demais culturas a RC Consultores estima aumento de 8% na colheita de cana-de-açúcar, de 18% na do café – em virtude do ciclo de bianualidade – e de 2,9% para a laranja. Silveira diz que em 2008 o preço médio do açúcar ficará estável, depois da queda de 30% neste ano. Por sua vez, a safra maior do Brasil reduzirá em 5,5% os preços do café.
Pelas projeções da empresa o ritmo do crescimento das exportações será menor porque muitos produtos viveram um boom de preços internacionais neste ano. É o caso da soja, que cuja cotação será estável em US$ 7,85 o bushel, depois de uma elevação de 32% neste ano.
Silveira projeta estabilidade para as carnes, uma vez que em 2008 haverá o retorno de grandes vendedores, como a Austrália, Argentina e Estados Unidos. Na avaliação do economista, o câmbio – projetado para R$ 2 o dólar – também influenciará no resultado das exportações do campo.
(Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Neila Baldi)