Colheita já aquece negócio do café

Por: Hoje em Dia

BRASIL
19/04/2009
 
Colheita já aquece negócio do café
 
 
Margarida Hallacoc
Da Sucursal
VARGINHA – Meados do mês de abril, a temperatura começa a cair, as chuvas vão ficando mais escassas e o céu mais azul no Sul de Minas. Para os produtores de café da região, é tempo de trabalho dobrado nos cafezais, arruamento e limpeza da área em torno dos pés de café, tornando o espaço mais adequado para a colocação do pano usado na hora da colheita. A movimentação já aquece o comércio de ferramentas para colheita. O técnico agrícola Iraí Cássio Ferreira de Souza, de Paraguaçu, acredita que poucos produtores iniciarão a colheita ainda neste mês de abril, pois a proporção de grãos verdes ainda é grande, mas todos já se preparam para o trabalho no início do próximo mês.


No ano passado, o município de Paraguaçu colheu 156.400 sacas de café cultivados em cerca de 6.800 hectares. Esta ano, a área ocupada com café em Paraguaçu aumentou, saltando para 7.200 hectares. Apesar disso, a bianualidade da produção deverá reduzir o saldo final da colheita neste ano, prevista para 108 mil sacas.


A redução no volume de café colhido, no entanto, não se traduz em diminuição de trabalho para os produtores e apanhadores . Ao contrário, em muitos casos, eles precisam trabalhar ainda mais para vencer o desafio de percorrer a lavoura em busca dos grãos produzidos.


Como a produtividade cai, os preços cobrados pelos apanhadores ficam mais altos em relação ao volume colhido, reduzindo o lucro do produtor. Neste ano, a queda da lucratividade da lavoura se agrava também em função da elevação nos preços dos insumos, cotados em dólar, e da própria baixa na cotação da saca de café – atualmente em torno de R$ 220. “É um ano difícil para o produtor, mas quem tem o café para colher precisa encarar o desafio de qualquer maneira, pois tem contas a quitar, inclusive em decorrência da própria colheita”, ressalta Iraí.

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