08/08/2012
O governo pressiona os integrantes da comissão mista que analisa a medida provisória do Código Florestal no Congresso para que vote o mais rápido possível os 343 destaques ao relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC). A reunião marcada para ontem foi cancelada, depois de fracassada mais uma tentativa de acordo entre ruralistas e ambientalistas para que a votação seja em blocos, com emendas semelhantes agrupadas. O Planalto preocupa-se com a possibilidade de a MP vencer sem ser aprovada.
A comissão volta a se reunir hoje pela manhã, mas não há garantia de que o acordo será fechado. “Se tivermos acordo, melhor, mas se não for possível, iniciaremos a votação de qualquer forma porque não podemos ser irresponsáveis se não aprovarmos logo essa medida”, disse o presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS).
Os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, e do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, se reuniram ontem com Luiz Henrique, Bohn Gass, o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, Homero Pereira (PSD-MT), e outros parlamentares para tratar da MP.
Após passar pela comissão, o texto do Código Florestal ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até 8 outubro, mas, até lá, as duas casas terão apenas nove sessões marcadas no esforço concentrado. O problema é que, à medida que as eleições municipais se aproximam, fica mais difícil converncer os parlamentares a virem para Brasília participar das votações.