Cochonilha da Roseta ataca lavoura capixaba |
Guilherme Rios A Cochonilha da Roseta, praga que atinge o café Conilon, pode causar danos de até 40% na região norte do Estado do Espírito Santo. “Pelos níveis de infestação, nós estamos calculando uma quebra de 30% a 40% na safra de 2004/2005 na região norte do estado, o que representa cerca de 90% do parque cafeeiro de Conilon do Espírito Santo”, afirma o engenheiro agrônomo da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (COOABRIEL), Francisco Zucateli. Segundo o engenheiro agrônomo, trata-se de uma doença recente nas lavouras da região e que, dependendo do grau de infestação da praga, os danos podem chegar a até 50%. “Os ataques da Cochonilha da Roseta surgiram a cerca de três safras na região. Ainda não há nenhum produto específico para o seu tratamento ”, diz Zucateli. O Pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), César José Fanton, explica que o inseto se associa a climas muito quentes, com baixa umidade relativa do ar e o ataque acontece apenas no café Conilon. “Após a florada do café Conilon, que ocorre nos meses de junho e julho, os insetos migram da raiz para a roseta da planta. Eles se fixam nos grãos em fase de desenvolvimento, denominados ‘chumbinhos’ e sugam a sua seiva. Esses pequenos grãos secam e caem” diz ele. Fanton explica ainda, que alguns testes experimentais, com controle químico, foram desenvolvidos para controlar a praga. “Para o controle eficaz das infestações , são necessárias pulverizações com altas pressões e volumes”, afirma o pesquisador. Ele informa ainda que os produtores estão acostumados a fazer pulverizações com até 300 litros de calda, enquanto para controlar esse tipo de Cochonilha são necessários mais de mil litros e equipamentos com alta pressão, explica ele. |