Cocapec investe em satélite para monitorar cafezais da região

Por: 24/09/2009 08:09:25 - Comércio da Franca


24/09/2009 08:09:25 – Comércio da Franca
A Cocapec (Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas) vai utilizar imagens feitas pelo satélite Cbers 2B, que foi lançado pelo Brasil em convênio com a China no ano de 2007, para otimizar a previsão da safra de café em Franca e 12 cidades da região, além de mensurar com exatidão o tamanho dos cafezais existentes na zona rural dos municípios.


Desde o ano 2000 a cooperativa já utiliza fotografias feitas por satélite para monitorar os cafezais da região, mas o aparelho que entrou em órbita no ano passado é capaz de produzir imagens em alta definição das áreas plantadas. “Antes só era possível identificar objetos com medidas de 15 metros ou mais, o que nos obrigava a enviar equipes para a zona rural com o objetivo de conferir as áreas plantadas de café. Agora já é possível ver com alta definição qualquer coisa que meça 2,5 metros ou mais”, disse Victor Alexandre Ferreira, gerente de Sistemas de Informações Geográficas da Cocapec, que atualmente conta com 1,9 mil cooperados.


De posse das imagens aéreas dos cafezais da região e também com a previsão de safra em mãos, os técnicos da cooperativa poderão adquirir em quantidades mais exatas os defensivos agrícolas e os fertilizantes que posteriormente são comercializados junto aos afiliados da Cocapec. “Isso nos permite fazer um planejamento mais elaborado, fazendo com que nossos estoques tenham um nível satisfatório destes insumos”, disse Victor Ferreira, que não revelou o valor dos investimentos para a aquisição das imagens aéreas capturadas pelo satélite.


Nos próximos anos a cooperativa também planeja aumentar seu quadro de cooperados com o auxílio da nova tecnologia. Como a medição dos cafezais é feita a cada dois anos, quando uma nova área de plantio for identificada, o agricultor será procurado e convidado para se associar à Cocapec.


MAIS café
Quando a Cocapec iniciou a medição dos cafezais da região, a área plantada media 45 mil hectares. Com a “invasão” dos canaviais, a expectativa era de que a cana de açúcar tomasse o espaço do café, o que acabou não se concretizando. “As imagens indicam que atualmente a região possui 50 mil hectares, ou seja, a cana ocupou espaço de outras culturas como milho e soja, além de áreas destinadas à criação de gado. Felizmente os cafezais antigos estão intactos e o que é melhor, em expansão”, disse Ferreira.

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