O café produzido por mais de 560 mil famílias colombianas chegará a todos os
clientes da Coca-Cola dos Estados Unidos e do Canadá, segundo informou a
Federação dos Produtores de café da Colômbia através de sua assessoria de
imprensa.
O anúncio foi feito pelo gerente geral da Federação, Gabriel Silva, que
revelou que durante o fim de semana foi assinado em Chicago um contrato com a
Coca-Cola dentro do plano de expansão do programa de valor agregado que iniciou
a entidade há cinco anos. O acordo foi lançado no marco da Feira Anual da
Associação Nacional de Restaurantes dos EUA (NRA).
Silva disse que a Coca-Cola escolheu o café da Colômbia e a marca Juan Valdez
porque têm um reconhecimento de marca de 87% no mercado norte-americano, que a
Federação tem conseguido consolidar com uma campanha de 50 anos e porque estão
associados com o café de melhor qualidade do mundo.
Silva disse que depois de vários meses de negociações, os produtores de café
da Colômbia, aproveitando seu patrimônio e a política de valor agregado,
concretizaram um acordo com a Coca-Cola que lhes permitirá distribuir o café
Juan Valdez caféREALE em todos os pontos de venda da maior distribuidora de
bebidas do mundo.
Ele disse que em uma primeira etapa, o café Juan Valdez chegará a 11 mil
restaurantes, um número de pontos de venda similar ao da Starbucks. O acordo tem
grande potencial de crescimento, considerando-se que a Coca-Cola Foodservice
atende 425 mil restaurantes nos EUA.
Se chegasse à metade deste potencial, a Colômbia exportaria 500 mil sacos de
café processado com valor agregado. Por outro lado, a união entre os
cafeicultores colombianos e a Coca-Cola abre as portas para ampliar o convênio,
o que permite pensar que em um futuro seja possível conquistar parte dos 1,2
milhão de locais que a Coca-Cola atende neste país.
“Esta é uma aliança grandiosa tanto para a Coca-Cola como para a Federação
Nacional de Cafeicultores que nos permite levar a nossos clientes uma marca de
café muito reconhecida por sua alta qualidade através de um formato operacional
eficiente”, disse o presidente da Coca-Cola FoodService, Chris Lowe.
“O posicionamento e a qualidade do café colombiano, bem como as marcas
administradas pela Federação, ajudam efetivamente a melhorar o nível de vida dos
produtores colombianos e contribuem para que estes recebam um preço justo por
suas colheitas”, concluiu Lowe.
Silva disse que o acordo gerará receitas adicionais para o Fundo Nacional de
café que permitirá melhorar a qualidade de vida dos produtores colombianos,
aumentará a reputação do café da Colômbia e da marca Juan Valdez e é de grande
importância para a estratégia de valor agregado.
Silva explicou que o extrato que está sendo produzido na Colômbia talvez seja
o mais moderno do mundo, porque se trata de um extrato estabilizado que não
requer refrigeração. É um produto de alta qualidade e rendimento, em
apresentação de caixas de dois litros, cada uma capaz de produzir 430 xícaras de
café de cerca de 200 gramas.
Diferentemente do que acontece com outros extratos, o caféREALE produzido
pelos cafeicultores colombianos tem longa vida, ou seja, dura mais de nove meses
sem que perca suas características de corpo, sabor e aroma, que o identificam em
todo o mundo.
O acordo com a Coca-Cola implica que ao lado das máquinas distribuidoras de
refrigerantes, a multinacional colocará outras similares para oferecer o Juan
Valdez caféREALE. Silva disse que o acordo com a Coca-Cola nos EUA se soma a um
programa iniciado há cerca de 15 anos no Japão. Trata-se de um convênio entre
Coca-Cola, Mitsubishi e a Federação dos Cafeicultores da Colômbia para produzir
e distribuir café da Colômbia enlatado, pronto para o consumo, que é conhecido
como café Georgia Emerald Mountain, café enlatado líder em seu gênero no
Japão.