CNC: qualidade pode atrapalhar exercício das opções

13 de novembro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

13/11/2009 – “O elevado índice de chuvas que atingiu o cinturão cafeeiro do Brasil, nos últimos meses, deve fazer com que os produtores, os quais desejam exercer os contratos de opções de venda ao Governo Federal, tenham dificuldade para enquadrar o produto no padrão exigido pelo edital do leilão”. Essa é a expectativa do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes.


O vencimento do exercício das opções do primeiro leilão, cujo volume corresponde a 1 milhão de sacas de 60 kg, ocorre hoje (13). Já o período de entrega do produto tem início na próxima segunda-feira (16) e se estende até o dia 30 de novembro.


Segundo Ximenes, as precipitações ocorridas, principalmente no Sul de Minas Gerais, fizeram com que a bebida ficasse um pouco fermentada. “Em função disso, temos a expectativa de que o Governo seja maleável em relação ao padrão do café a ser recebido”, esperançou, lembrando que “o próprio mercado se ajustou conforme ficou claro que a safra brasileira, em sua maioria, terá essa qualidade de bebida fermentada”.


Padrão das Opções — Segundo o edital dos Leilões de Opções Públicas de Venda de Café, o produto a ser entregue, no ato do exercício das opções, deve ser da safra 2009/10 — ou seja, colhido este ano —, tipo 6, bebida dura para melhor, peneira 13 acima, com até 86 defeitos, sendo admitidos os máximos de 10% de vazamento e 12,5% de teor de umidade.


O presidente do CNC informou que, devido ao impacto das chuvas nos cafezais, o padrão exigido no edital ficou rigoroso. “Isso faz com que o produtor tenha gastos adicionais para ‘encaixar’ seu café dentro do solicitado. Considerando que nossos custos de produção já são superiores aos preços de mercado, sinceramente aguardo uma maior flexibilidade do Governo no ato da aceitação dos cafés, fato que demonstraria sensibilidade em relação à atual situação do cafeicultor”, explicou.


Finalizando, ele recomendou que, se conseguir enquadrar seu café nos padrões requisitados, o cafeicultor deve entregar o produto. “Hoje, os preços oscilam entre R$ 265 e R$ 270 no mercado físico. Considerando todos os encargos a serem abatidos do preço inicial de exercício, de R$ 303,50 para este primeiro leilão, incluindo os R$ 9,50 do prêmio, devemos chegar a um valor aproximado de R$ 290,00, implicando um ‘bônus’ de 7% a quase 10% sobre as cotações no mercado. Portanto, para quem conseguir, recomendo a entrega”, concluiu.


As informações partem do Coffee Break, noticiou o CNC.



Fonte: Café e Mercado

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