fonte: Cepea

CNC: Produtor de café só tem margem líquida em lavoura mecanizadavoltar

16/07/2014


A margem líquida (preço de venda menos custos operacionais totais) do produtor de café arábica foi negativa no segundo trimestre de 2014, nos municípios em que todas as atividades do processo produtivo são manuais. A avaliação faz parte do boletim ‘Ativos do Café’, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Conforme os especialistas, com a queda dos preços de venda do café em junho, agravou-se o comportamento negativo das margens. Manhumirim (MG) registrou a menor margem líquida no mês passado, que foi negativa em R$ 126,23 em cada saca de 60 kg, seguida de Santa Rita do Sapucaí (MG), menos R$ 118,68 a saca, e Guaxupé, menos R$ 88,70 a saca.

O estudo mostra, ainda, que em Abatiá (PR), cujo processo produtivo é semimecanizado, a margem líquida negativa foi menor: menos R$ 76,01 a saca. Nas regiões com agricultura mecanizada, a margem líquida foi positiva, alcançando melhor resultado em Luís Eduardo Magalhães (BA), mais R$ 209,60 a saca, seguida de Capelinha (MG), mais R$ 59,52 a saca.
Preço de venda

Com a intensificação da colheita do café, o preço médio de venda apresentou queda média de 9,80% entre abril e junho, informa a CNA. Manhumirim apresentou a maior desvalorização entre os municípios analisados, 21,10%, passando de R$ 417 a saca para R$ 329 a saca. Em Brejetuba (ES), o preço médio, que era de R$ 350 a saca, teve redução de 18,90%. Em Santa Rita do Sapucaí (MG), a desvalorização foi de 11,63%. Apenas em Abatiá (PR) houve aumento nos preços de venda entre abril e junho, de 0,75%.

Com relação aos custos operacionais totais, o boletim mostra que houve aumento médio de 0,70% no segundo trimestre. Os insumos agrícolas foram os principais responsáveis pela alta, com destaque para o aumento nos custos do produtor com fertilizantes (3,74%). Os adubos representaram 22,48% da composição do custo operacional total no período.

Os agrotóxicos também influenciaram na elevação dos custos operacionais totais. Na média, esses insumos participaram com 10,09% na composição total dos custos, com aumento de 3,04% (Agência Estado, 15/7/14)

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