TEMPO REAL
26/06/2009
O CNC (Conselho Nacional do Café), entidade que representa os cafeicultores do Brasil, reconhecida pelo Governo Federal e membro do CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café), cujo presidente é o Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, manifesta surpresa e insatisfação para com a explanação do diretor-executivo da OIC (Organização Internacional do Café), Néstor Osorio, em entrevista à Agência Reuters.
Tal descontentamento se deve ao fato do dirigente maior da Organização ter especulado a respeito do tamanho da safra 2010 de café do Brasil, projetando-a em aproximadamente 60 milhões de sacas de 60 kg. Nós, presidente e conselheiros do CNC, combatemos veementemente tal especulação, a qual só vem depreciar os preços já defasados do mercado e interferir negativamente em um setor responsável pela geração de mais de oito milhões de postos de trabalho em nosso País e que é a mola propulsora da economia em mais de 1.800 municípios onde o café é a principal fonte de renda.
Na formação dos preços do produto, enumeramos quatro fatores primordiais: a expectativa a respeito das safras futuras; a relação entre oferta e demanda; as previsões climáticas e seus possíveis impactos; e a posição dos fundos de investimento nas bolsas de mercadorias internacionais. Partindo dessa premissa, declaramos ser fundamental a divulgação de estatísticas confiáveis e não meras especulações, anunciadas sem quaisquer embasamentos técnico-científicos, as quais influenciem direta e negativamente os preços da commodity café.
Portanto, essa especulação, que partiu do principal cargo na hierarquia da Organização Internacional do Café, tem virtude completamente oposta à que deve ser defendida pelo senhor Néstor Osorio, que é a de defesa da cafeicultura como um todo e não de determinados segmentos, como passamos a entender com essa irresponsável especulação.
Isso posto, vimos a público solicitar que o diretor-executivo da OIC apresente a metodologia ou as características fitossanitárias das lavouras cafeeiras do Brasil que o fizeram crer em uma safra de 60 milhões de sacas em 2010, já que a florada, na maioria de nossos cafezais, ocorre nos meses de setembro e outubro, sendo esta a primeira e quase real sinalização do tamanho da safra a ser colhida no ano subseqüente. “Quase” porque a realidade de uma safra começa a aflorar a partir de janeiro do ano em que esta é colhida, período em que já é possível ter ciência, principalmente, dos efeitos do clima na pós-florada.
Por oportuno, ressaltamos que não cabe à OIC ou às atribuições do seu diretor-executivo a realização de estimativas de safra ou a produção de dados da economia cafeeira dos países signatários do Acordo Internacional do Café – AIC. Os dados que circulam no âmbito da organização são os coletados pela instituição junto aos governos dos países signatários.
Assim sendo, solicitamos a pronta intervenção do Brasil junto a esta organização para que o presente diretor-executivo da OIC limite suas operações e intervenções às atividades definidas no presente Acordo do Café. As informações são da assessoria de imprensa do CNC (Conselho Nacional do Café).
Inf. nº005/06/2009 – CNC
Brasília, 25 de junho de 2009.
INFORMATIVO
Diretor-executivo da OIC especulou uma colheita de 60 milhões de sacas no ano que vem, a qual é veementemente combatida e contestada pelo presidente e pelos conselheiros do CNC.
O CNC (Conselho Nacional do Café), entidade que representa os cafeicultores do Brasil, reconhecida pelo Governo Federal e membro do CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café), cujo presidente é o Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, manifesta surpresa e insatisfação para com a explanação do diretor-executivo da OIC (Organização Internacional do Café), Néstor Osorio, em entrevista à Agência Reuters.
Tal descontentamento se deve ao fato do dirigente maior da Organização ter especulado a respeito do tamanho da safra 2010 de café do Brasil, projetando-a em aproximadamente 60 milhões de sacas de 60 kg. Nós, presidente e conselheiros do CNC, combatemos veementemente tal especulação, a qual só vem depreciar os preços já defasados do mercado e interferir negativamente em um setor responsável pela geração de mais de oito milhões de postos de trabalho em nosso País e que é a mola propulsora da economia em mais de 1.800 municípios onde o café é a principal fonte de renda.
Na formação dos preços do produto, enumeramos quatro fatores primordiais: a expectativa a respeito das safras futuras; a relação entre oferta e demanda; as previsões climáticas e seus possíveis impactos; e a posição dos fundos de investimento nas bolsas de mercadorias internacionais. Partindo dessa premissa, declaramos ser fundamental a divulgação de estatísticas confiáveis e não meras especulações, anunciadas sem quaisquer embasamentos técnico-científicos, as quais influenciem direta e negativamente os preços da commodity café.
Portanto, essa especulação, que partiu do principal cargo na hierarquia da Organização Internacional do Café, tem virtude completamente oposta à que deve ser defendida pelo senhor Néstor Osorio, que é a de defesa da cafeicultura como um todo e não de determinados segmentos, como passamos a entender com essa irresponsável especulação.
Isso posto, vimos a público solicitar que o diretor-executivo da OIC apresente a metodologia ou as características fitossanitárias das lavouras cafeeiras do Brasil que o fizeram crer em uma safra de 60 milhões de sacas em 2010, já que a florada, na maioria de nossos cafezais, ocorre nos meses de setembro e outubro, sendo esta a primeira e quase real sinalização do tamanho da safra a ser colhida no ano subseqüente. “Quase” porque a realidade de uma safra começa a aflorar a partir de janeiro do ano em que esta é colhida, período em que já é possível ter ciência, principalmente, dos efeitos do clima na pós-florada.
Por oportuno, ressaltamos que não cabe à OIC ou às atribuições do seu diretor-executivo a realização de estimativas de safra ou a produção de dados da economia cafeeira dos países signatários do Acordo Internacional do Café – AIC. Os dados que circulam no âmbito da organização são os coletados pela instituição junto aos governos dos países signatários.
Assim sendo, solicitamos a pronta intervenção do Brasil junto a esta organização para que o presente diretor-executivo da OIC limite suas operações e intervenções às atividades definidas no presente Acordo do Café.
Atenciosamente,
Gilson Ximenes
Presidente