CNC CONCORDA COM VETO À IMPORTAÇÃO DE CAFÉ VIA DRAWBACK

O Conselho Nacional do Café (CNC) publicou, em seu site, nota assinada pelo presidente Gilson Ximenes (foto abaixo), na qual aborda a postergação da Câmara de Comércio Exterior (Camex) sobre o pedido, de autoria do setor industrial, para importação de café robusta por meio do regime de drawback .


No documento, Ximenes recorda que a decisão da Camex vem ao encontro do posicionamento do setor produtor, “que é contrário à importação pelo regime de drawback por considerar que, ao se permitir a aquisição do grão do exterior, abrimos nossas fronteiras a riscos fitossanitários que podem definhar lavouras no cinturão cafeeiro do País”.


O CNC faz a ressalva de que entende que o regime de drawback tem sua importância dentro do agronegócio mundial, “porém, no caso específico do conillon brasileiro, não se faz necessário, uma vez que temos capacidade para produzir todos os tipos de café do mundo, sendo eles das variedades arábica ou robusta”.


Por fim, Ximenes anota que seria interessante o setor industrial firmar parcerias com os estados produtores de conillon para que tenha suas necessidades atendidas. “Consideramos relevante que o setor industrial do Brasil se empenhe em parcerias, principalmente com os Estados de Espírito Santo e Rondônia, para o cultivo de variedades condizentes às necessidades das indústrias e não apenas se foque no aspecto econômico de importar café do Vietnã — por aproximadamente US$ 20 mais barato a saca — em detrimento do produtor nacional de conillon, o qual, frise-se, sofre com o rigor de altos custos de produção e com a severidade das Legislações Ambiental e Trabalhista, fatores praticamente inexistentes no concorrente país asiático”, concluiu.


O PLEITO — Em reunião realizada ontem, a Câmara de Comércio Exterior do (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), postergou a decisão sobre um pedido para a autorização de importação de café robusta pelo regime de drawback. O pleito do setor industrial era importar o correspondente a 20% da exportação brasileira anual da variedade, o que corresponde a aproximadamente 600 mil sacas de 60 kg ao ano.

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