CNC APONTA QUE PREÇO DEVE REAGIR COM LEILÕES DE OPÇÕES

Ao longo de sua participação, hoje, no 3º Forum & Coffee Dinner, promovido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Gilson Ximenes (foto), disse que os preços do café devem reagir com o início dos leilões de opções públicas de venda, que o governo deverá por em prática nas próximas semanas. “É preciso que os preços melhorem para que o produtor retome os tratos culturais adequados, voltando a investir nas lavouras”, explicou.

Em matéria de Tomas Okuda, divulgada pela Agência Estado, o presidente do CNC comentou que não partiu do Conselho a reivindicação de substituição do atual secretário de Produção e Agroenergia do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Manoel Bertone. “Desconheço essa sugestão, que não partiu do CNC”, garantiu. Já em matéria publicada pela Gazeta Mercantil, ele afirmou que o CNC não é favorável à saída de Bertone da Secretaria.Por outro lado, Ximenes ressaltou que o setor continua a reivindicar do Governo uma solução negociada para o endividamento da cafeicultura, estimada em cerca de R$ 4,2 bilhões. “Queremos renegociar nossa dívida de modo que seja possível a conversão por produto, a um preço condizente com a realidade do setor, por um prazo de 20 anos, sendo quitados 5% ao ano”, explicou.

Não é novidade a ninguém que o preço de referência sugerido pelo CNC é de R$ 320 a saca de 60 kg, volume mais condizente com a realidade dos cafezais do que os R$ 261,69 definidos, no final do mês passado, pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Dos R$ 4,2 bilhões projetados pelo setor como sua dívida total, aproximadamente R$ 1 bilhão seriam referentes ao Funcafé – Dação em Pagamento; R$ 1 bilhão à Estocagem; cerca de R$ 1 bilhão referente a Custeio; e R$ 1,2 bilhão em CPR (Cédula de Produto Rural), RO (Recursos Obrigatórios) e empréstimos interbancários.