Inf. nº001/07/2009 – CNC
Brasília, 13 de julho de 2009.
ARTIGO
A união estruturante de um setor
São 27 anos de uma história em prol da cafeicultura brasileira, a qual foi constituída com foco na união do setor que mais gera emprego no País e que, mais do que isso, ajudou a industrializar e a estruturar o Brasil.
Desde a criação do Conselho Nacional do Café – CNC, passamos por altos e baixos, tanto no que se refere a questões mercadológicas, quanto no que diz respeito a tramitações políticas. A ressalva que vale, porém, nesse balanço, é que o saldo é positivo, apesar das dificuldades que vivenciamos “na carne” nos dias atuais.
Sempre trabalhamos com o apoio incondicional das entidades co-irmãs, como a Comissão Nacional do Café da CNA, a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, os sindicatos e associações, entre outras, assim como com a sustentação política no Congresso Nacional, tão bem fornecida pela Frente Parlamentar do Café.
No entanto, a estruturação de todo o setor surgiu, principalmente, com a união das cooperativas cafeeiras, as quais constituem este Conselho e respondem por aproximadamente 50% da produção nacional do café.
A força de nossas cooperativas é tamanha que, independente das ações conjuntas, as mesmas se sustentam de forma individual e, além disso, desenvolvem seus próprios métodos de apoio e geração de renda aos seus cooperados, buscando, sempre, dar sustentabilidade e rentabilidade aos produtores.
E é nesse conceito que elas merecem destaque, como no caso da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé, que, somada aos nossos demais associados, é pilar fundamental na estruturação de políticas focadas na sustentabilidade e na rentabilidade dos cafeicultores do Brasil. Não à toa estamos falando da maior cooperativa de café do País e do mundo.
Analisando o desenvolvimento e a desenvoltura da Cooxupé no que se refere à cafeicultura e ao mercado cafeeiro, temos que ter todo o respeito que lhe é merecido, uma vez que não se alcança tamanho status sem competência, inteligência e capacidade. Esses adjetivos, aliás, são mais justificáveis quando observamos que a Cooperativa se tornou o maior exportador de café do Brasil no último ano civil (2008) e também no acumulado da safra 2008/09 (jul/jun).
O mais importante, ao considerarmos todos esses fatores, é que, mesmo tendo se desenvolvido e assumido imensa responsabilidade na exportação de café do País, em momento algum notamos que a Cooxupé deixou de cumprir com seu objetivo principal enquanto cooperativa. Isto é, de forma democrática, manteve seus trabalhos, nos aspectos sócio-econômicos, em um interesse comum a todos os seus associados e a seus pares, especialmente no que diz respeito à cafeicultura brasileira. Esse feito, sem dúvida, merece respeito, exaltação e elogio de todos que com esta Cooperativa trabalham e se desenvolvem.
Atenciosamente,
Gilson Ximenes
Presidente