CNA aprova pacotes de medidas de apoio ao setor

08/08/2013  Café da terra



Brasília, 07/08/2103 – Na avaliação do presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, as medidas de apoio ao setor cafeeiro, anunciadas hoje pelo governo federal, atendem às reivindicações do  produtor de forma emergencial, em razão da crise decorrente da queda acentuada nos preços da saca do grão, inferiores aos custos de  produção. “Foi um pacote positivo, que terá reflexo no mercado. O próximo passo é dialogar com o governo para solucionar, de forma  definitiva, outros gargalos que afetam a atividade”, diz ele.


O dirigente da CNA, que hoje pela manhã esteve em Varginha (MG) para acompanhar o anúncio das medidas pela presidente Dilma  Rousseff, afirmou que a entidade foi atendida em relação ao volume de 3 milhões de sacas de contratos de opção, mas o valor de referência de R$ 343/saca ficou abaixo da reivindicação de R$ 360/saca.


Ele explica que, a partir da aquisição dos contratos de opção, o cafeicultor terá duas alternativas para comercializar a safra: “Se na época do vencimento do contrato (março de 2014), o valor de mercado da saca estiver abaixo do preço de referência (R$ 343/saca), ele poderá vender o grão para o governo. Caso contrário, o produtor fica livre para comercializar o produto como quiser.” A medida visa a dar sustentação aos preços do grão, que nos últimos meses vem sendo comercializado abaixo do preço mínimo (R$ 307/saca) e dos custos de produção.


Mesquita afirmou que os detalhes sobre as regras dos leilões de opções devem ser divulgados nos próximos dias. Além dos contratos de opção, haverá mais recursos para financiar a atividade. Ele lembra que o Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC), em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou a destinação de R$ 3,1 bilhões para financiar o setor.


A programação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira prevê R$ 1,1 bilhão para estocagem; R$ 650 milhões para custeio; R$ 500 milhões para aquisição de café por exportadores e torrefadores; R$ 50 milhões para contratos de futuros e opções em bolsa; R$ 800 milhões para capital de giro e R$ 20 milhões para recuperação de cafezais danificados.


Mesquita disse que outra medida adicional que deve ser anunciada pelo governo é o aporte de R$ 1,6 bilhão do Banco do Brasil para financiar a estocagem e a aquisição do grão pelo preço mínimo, além do capital de giro para compra do produto por indústrias de torrefação e moagem. Ele alerta para outros fatores que têm prejudicado a produção e precisam de uma solução definitiva são aumentar a competitividade da cafeicultura de montanha e resolver o endividamento crônico dos cafeicultores.


Fonte : Agência Estado / Broadcast

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