fonte: Cepea

CMN contraria expectativa sobre classificação de risco

Por: Valor Econômico

02/07/2009 – O Conselho Monetário Nacional (CMN) frustrou ontem a expectativa dos representantes do setor rural por uma resolução definitiva sobre os critérios de classificação de risco em operações de crédito rural renegociadas. Na tentativa de esclarecer os bancos, o CMN aprovou uma nova norma sobre o tema, mas o texto apenas “faculta” às instituições financeiras a reclassificação do risco de crédito, para um nível menor, de contratos rurais renegociados ou prorrogados.


O CMN informou que a nova norma “reforça” o entendimento do Banco Central sobre uma resolução anterior (nº 3.499/2007) que concedia “tratamento específico” a esse tipo de reclassificação automática. A medida era aguardada como solução para ampliar o acesso de produtores endividados ao crédito anunciado pelo governo para a próxima safra, que começa oficialmente hoje.


“Ajuda algumas produtores, mas não resolve os problemas do setor”, argumenta o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). O CMN esclareceu que a medida seria estendida às operações com risco bancário e recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


Os ruralistas também esperavam a criação de um fundo garantidor de crédito agropecuário para garantir aval a produtores sem limites de crédito bancário ou sem condições de oferecer garantias reais (terras e máquinas) a novos empréstimos. Mas o CMN não avaliou o novo fundo.


A reunião ordinária do CMN também reduziu a taxa de juros, de 7,5% para 6,75% ao ano, para operações do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para custeio, colheita, estocagem, aquisição de café e recuperação de lavouras atingidas por granizo. O CMN também decidiu autorizar a liquidação de dívidas de cafeicultores em produto, parcial ou integralmente. Para isso, serão considerados os saldos devedores calculados com bônus de adimplência sobre a taxa de juros. As despesas com indenização da sacaria e classificação do café serão pagas pelo Funcafé.


O CMN também aprovou prazos adicionais para a renegociação das operações de investimento do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Os produtores terão até o dia 30 de outubro deste ano para formalizar interesse, e os bancos podem comunicar a adesão até 20 de dezembro.


 

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

CMN contraria expectativa sobre classificação de risco

Por: Valor Econômico

AGRONEGÓCIOS
01/07/2009 
  
De Brasília

O Conselho Monetário Nacional (CMN) frustrou ontem a expectativa dos representantes do setor rural por uma resolução definitiva sobre os critérios de classificação de risco em operações de crédito rural renegociadas. Na tentativa de esclarecer os bancos, o CMN aprovou uma nova norma sobre o tema, mas o texto apenas “faculta” às instituições financeiras a reclassificação do risco de crédito, para um nível menor, de contratos rurais renegociados ou prorrogados.


O CMN informou que a nova norma “reforça” o entendimento do Banco Central sobre uma resolução anterior (nº 3.499/2007) que concedia “tratamento específico” a esse tipo de reclassificação automática. A medida era aguardada como solução para ampliar o acesso de produtores endividados ao crédito anunciado pelo governo para a próxima safra, que começa oficialmente hoje.


“Ajuda algumas produtores, mas não resolve os problemas do setor”, argumenta o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS). O CMN esclareceu que a medida seria estendida às operações com risco bancário e recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).


Os ruralistas também esperavam a criação de um fundo garantidor de crédito agropecuário para garantir aval a produtores sem limites de crédito bancário ou sem condições de oferecer garantias reais (terras e máquinas) a novos empréstimos. Mas o CMN não avaliou o novo fundo.


A reunião ordinária do CMN também reduziu a taxa de juros, de 7,5% para 6,75% ao ano, para operações do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para custeio, colheita, estocagem, aquisição de café e recuperação de lavouras atingidas por granizo. O CMN também decidiu autorizar a liquidação de dívidas de cafeicultores em produto, parcial ou integralmente. Para isso, serão considerados os saldos devedores calculados com bônus de adimplência sobre a taxa de juros. As despesas com indenização da sacaria e classificação do café serão pagas pelo Funcafé.


O CMN também aprovou prazos adicionais para a renegociação das operações de investimento do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Os produtores terão até o dia 30 de outubro deste ano para formalizar interesse, e os bancos podem comunicar a adesão até 20 de dezembro. (MZ).

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.