30/11/2006 17:11:00 –
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (30/11) voto, proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), liberando até R$ 350 milhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiamento de custeio da safra 2006/07. De acordo com o secretário de Produção e Agroenergia, Linneu da Costa Lima, o limite de crédito é de R$ 1.440 por hectare de cafezal, não podendo a operação exceder R$ 200 mil por produtor. O prazo de contratação vai até 28 de fevereiro do próximo ano e a taxa é de 9,5% ao ano.
“Neste ano, já repassamos R$ 1,368 bilhão do Funcafé aos agentes financeiros”, revelou Linneu. Do total, R$ 337 milhões foram para a colheita, R$ 770 milhões, para estocagem e R$ 261 milhões, para financiamento de aquisição de café por indústrias, beneficiadores e exportadores. “Esse volume de recursos, liberados por meio de 11 instituições financeiras, permitiu a estocagem de cerca de oito milhões de sacas de café, no contexto da política anticíclica do setor. Isso também possibilitará que até quatro milhões de sacas tenham seus vencimentos ajustados para o início de 2008.”
Do volume de R$ 1,368 bilhão do Funcafé destinado ao financiamento do setor, cerca de R$ 600 milhões foram liberados para cooperativas, por meio de 153 contratos, o que representa três milhões e meio de sacas, do total de oito milhões que foram estocadas.
A disponibilidade de recursos para financiar o setor no próximo ano deve ser de R$ 3,335 bilhões. Desse volume, R$ 2,1 bilhões serão repassados pelo Funcafé e R$ 235 milhões devem sair das Operações Oficiais de Crédito (2OC). O restante deve ser liberado com base nas exigibilidades bancárias, a exemplo do que ocorreu no atual exercício, informou Linneu.
Estabilidade – O secretário ressaltou que a política anticíclica implementada no governo Lula, com a liberação de recursos para colheita e estocagem no momento oportuno, está permitindo o deslocamento de parcela de café da safra 2006/07 para o início de 2008, com reflexos positivos sobre as cotações atuais.
Linneu destacou ainda que a coesão da cadeia produtiva em torno do Conselho Deliberativo da Política do café (CDPC) favoreceu a implantação da política anticiclíca. “Essa é uma importante conquista do setor, que deve ser aprimorada e consolidada nos próximos anos.” O secretário lembrou também que hoje o patrimônio do Funcafé é de R$ 3,8 bilhões.