07/03/2013
Cenário: Gabriela Mello
A previsão de condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas derrubou as cotações do trigo para uma nova mínima em oito meses ontem na Bolsa de Nova York. O contrato maio despencou 3,15% e terminou a US$ 6,8375 por bushel. Tempestades nas últimas semanas recompõem a umidade do solo e afastam temores sobre possíveis perdas de produtividade nas Grandes Planícies e no Meio-Oeste, áreas que vinham sofrendo com a seca. Novas precipitações são esperadas para os próximos cinco dias nos Estados de Colorado, Kansas, Oklahoma e Nebraska, de acordo com o Serviço Climático Nacional. O cereal ainda foi pressionado pela expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevará a projeção para os estoques domésticos ao final da temporada 2012/13 em virtude da fraca demanda dos compradores estrangeiros. As perdas do trigo contaminaram as cotações do milho, que tiveram desvalorização de 2,89%. Já a soja fechou sem tendência definida depois de dois pregões consecutivos de alta.
Na Bolsa de Nova York, o café arábica ficou perto da estabilidade (+0,07%) após tombo de 4% no dia anterior. Em relatório, o Citigroup afirmou que as oscilações da commodity serão limitadas no curto prazo por movimentos especulativos e estoques volumosos. Também em NY, o açúcar bruto recuou 0,44%, enquanto o cacau perdeu 0,83% e o suco de laranja caiu 0,61%. A exceção foi o algodão, que avançou pela sétima sessão consecutiva (+0,3%) devido à perspectiva de aumento das exportações dos EUA.