Presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil projeta que recuperação deve começar no segundo semestre deste ano
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As exportações brasileiras de café atingiram 30,7 milhões de sacas em 2017, queda de 10,1% na comparação com 2016, apontam dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), divulgados nesta terça-feira (16). A receita cambial em 2017, por sua vez, ficou praticamente estável em relação a 2016, chegando a US$ 5,2 bilhões. O preço médio em 2017 foi de US$ 169,36, contra US$ 158,91 do ano anterior.
Clima impactou negativamente oferta de café no Brasil, reduzindo as exportações
Segundo Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé, o fator climático influenciou de forma negativa os últimos anos da produção, o que impactou a oferta, e consequentemente as exportações. No entanto, de acordo com o dirigente, a recuperação dos embarques deve chegar no segundo semestre deste ano, com a entrada da próxima safra.
“Ao que tudo indica, teremos uma boa safra, resultante de novos plantios, bons tratos culturais e o bom índice de chuvas que atinge todo o parque cafeeiro até o momento”, afirma Carvalhaes. Ademais, o dirigente ressalta que é importante destacar que os estoques de passagem, no momento da entrada da safra 2018/19, deverão ser os mais baixos historicamente. “Porém, temos que acompanhar o desempenho das exportações mais o consumo interno neste primeiro semestre.”
Em 2017, os embarques de café verde chegaram a 27,3 milhões de sacas, sendo 27 mi sc de arábica e 300 mil sc de robusta. Já os cafés industrializados tiveram recuo de 10,9% na comparação com o total exportado em 2016, alcançando 3,4 mi sc entre solúvel – a maior parte – e torrado e moído.
Destinos
Entre os principais destinos, os Estados Unidos mantiveram a liderança como o país que mais recebeu café exportado do Brasil, com 6,1 mi sc [19%]. Na sequência, aparecem Alemanha com 5,5 mi sc [17,9%], Itália com 2,7 mi sc [9%], Japão com 2 mi sc [6,8%]e Bélgica com 1,7 mi sc [5,8%].