Irregularidade será mantida e temperaturas ainda serão altas nos próximos dias
Por Notícias Agrícolas
Depois de várias sessões com suporte nas preocupações com o tempo no Vietnã, o mercado do café teve um forte dia de correção para os preços nesta quinta-feira (2). Mais uma vez, as variações nos terminais de Londres e Nova York se basearam na Ásia, de acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, a previsão de chuva em áreas de café no Vietña justificam as baixas tão significativas, além da correção que já era esperada pelo setor.
Em Londres, o robusta perdeu quase US$ 300 por tonelada. Julho/24 teve baixa de US$ 298, negociado por US$ 3680, setembro/24 registrou queda de US$ 291 por tonelada, cotado por US$ 3617, novembro/24 teve queda de US$ 283 por tonelada, valendo US$ 3536 e janeiro/25 teve baixa de US$ 274 por tonelada, cotado por US$ 3433.
Em Nova York, o arábica chegou a recuar mais de mil pontos durante o pregão. Julho/24 encerrou com queda de 990 pontos, valendo 206,10 cents/lbp, setembro/24 teve queda de 970 pontos, cotado por 204,35 cents/lbp, dezembro/24 teve baixa de 950 pontos, cotado por 201,90 cents/lbp e março/25 teve queda de 950 pontos, valendo 201,90 cents/lbp.
Os modelos meteorológicos indicam que após um longo período sem chuvas, o Vietnã pode ter um cenário diferente nos próximos dias. Segundo Amanda Souza, meteorologista da Meteored, até a próxima terça-feira (7), há previsão de chuva para todo o país, mas ainda mantendo certa irregularidade. De qualquer forma, a chegada da água levará alívio para o café. A chuva não tem potencial para recuperar a safra, mas começa a mitigar os impactos na produção a ser colhida no segundo semestre.
“Mas só a porção norte fica em alerta para volumes elevados, algo em torno de 130mm em Hanói. Nesse mesmoe período, estados do sul deve registrar entre 20mm e 40mm”, afirma.
Em período de florada, as temperaturas elevadas também foram debatidas nos últimos dias no mercado. Apesar da chuva, as máximas continuarão elevadas, batendo a casa dos 35ºC em todo país.
Veja os mapas de previsão de chuva e temperatura para os próximos dias no Vietnã:
De acordo com Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, apesar da preocupação permanente com a oferta, as baixas de hoje resultou no rompimento de importantes suportes. “Sobe de de escada e desce de elevador. É preciso estar atento para a qualidade e quantidade das safras novas que estão entrando, conilon a todo vapor e arábica os precoces”, complementa.
O mercado também tem no radar a recuperação dos estoques da ICE. “Uma recuperação nas ofertas de café da ICE aliviou as preocupações com a oferta e alimentou longas liquidações nos futuros do café, depois que os estoques de café arábica monitorados pela ICE subiram para o maior nível em 1 ano na quarta-feira, e os estoques de café robusta monitorados pela ICE subiram para o maior nível em 5 meses”, afirma a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, o físico acompanhou e encerrou com fortes baixas ns principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 5,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.145,00, Araguari/MG teve baixa de 4,07%, cotado por R$ 1.180,00, Machado/MG teve queda de 3,75%, cotado por R$ 1.155,00, Varginha/MG teve desvalorização de 5,65%, cotado por R$ 1.170,00 e Franca/SP teve queda de 6,45%, cotado por R$ 1.160,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 5,48% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.191,00, Varginha/MG teve queda de 5,51%, cotado por R$ 1.200,00 e Campos Gerais/MG teve desvalorização de 5,47%, valendo R$ 1.210,00.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber as principais notícias da Cafeicultura