16/07/2012
Mariana Caetano De São Paulo | Valor Economico
Os preços do café arábica registraram na sexta-feira seu maior valor em 15 semanas na bolsa de Nova York, sustentados pelas preocupações com a oferta do Brasil, que é o maior produtor mundial da commodity.
Os contratos com vencimento em setembro (que ocupam a segunda posição, normalmente a de maior liquidez) avançaram 405 pontos no último pregão, para US$ 1,8610 por libra-peso. Mesmo assim, os preços do grão acumulam queda de 19% desde o início de 2012 e de 29,5% nos últimos 12 meses, de acordo com cálculos do Valor Data.
Além de atrasar a colheita brasileira, as chuvas fora de época têm afetado a qualidade do café, já que os grãos são derrubados na terra antes de chegarem ao ponto de cereja. Previsões indicam que as precipitações devem dar uma trégua nos próximos dias, mas já é consenso que a oferta de grãos de alta qualidade será limitada no país.
Joaquim Ferreira Leite, superintendente de mercado externo da Cooxupé, afirmou na semana passada à Dow Jones Newswires que 20% da produção da cooperativa mineira (que é a maior do mundo no setor de café) já está condenada a ser classificada como de baixa qualidade.