Previsão indica permanência dos elevados acumulados nas zonas cafeeiras
Os bons níveis de umidade nos solos das regiões produtoras de café do Sudeste conduzem os cafezais a apresentarem bons índices de área foliar, além de grãos em boas condições fitossanitárias. Entretanto, as perdas ocorridas por causa da longa estiagem em 2011 ainda são sentidas. Em algumas regiões houve reduções de até 15% em relação aos potenciais produtivos das lavouras.
As regiões que mais sentem os efeitos das chuvas irregulares e as altas temperaturas são o Cerrado e Triângulo Mineiro, em Minas Gerais, além da região de Franca, em São Paulo. Nessas regiões as taxas de enfolhamento chegam ao máximo a 80%, comprometendo ainda mais a produção.
A previsão para essa semana é de expectativa de acumulados significativos de chuvas sobre boa parte das regiões cafeeiras do Sudeste e também do norte do Paraná. Dessa forma, os teores de umidade do solo devem se manter em níveis elevados, favorecendo tanto a vegetação da planta quanto o desenvolvimento dos grãos. Essa condição favorável deve se manter inalterada durante todo o mês de janeiro.
As fortes e continuas chuvas que vem ocorrendo sobre toda a região da Zona da Mata de Minas Gerais e sobre todas as regiões produtoras do Espírito Santo ainda não causaram prejuízos sérios. Apenas algumas propriedades tiveram problemas referentes a deslizamentos.
O excesso de umidade, no entanto, vem favorecendo a proliferação de doenças. Os produtores precavidos, porém estão realizando tratamentos preventivos, o que evita focos de ferrugem e demais doenças fúngicas que possam prejudicar a produtividade.
Produção na América Central e Colômbia
As chuvas deram uma trégua sobre as regiões produtoras de café de El Salvador, Guatemala e Colômbia. Com isso, os produtores conseguiram ir a campo e realizar a colheita e secagem dos grãos.
Para os próximos 10 dias não há previsões de chuvas intensas que possam prejudicar o andamento da colheita e também a secagem dos grãos, mas mesmo assim esses países produtores terão sua produção reduzida devido às intempéries climáticas ocorridas nos últimos meses.
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