Tradicionalmente, produto é colhido até o início de agosto.
Queda na produção neste acho chega a 30%, segundo cooperativa.
Do G1 Triângulo Mineiro
A colheita do café na região do Cerrado Mineiro é a segunda maior do Estado, mas, neste ano, está atrasada. O problema foi a irregularidade das chuvas, que prejudicou a produtividade. Até agora na região, cerca de 70% do café cultivado na área de 200 mil hectares em produção foi colhido. Tradicionalmente, a colheita termina no início de agosto, mas, nesta safra, o processo se estendeu para setembro.
Esse atraso segundo o agrônomo Vicente Nunes Junior é porque faltou chuva entre janeiro e fevereiro e isso refletiu em perda de produtividade. “Com essa irregularidade, o fruto não enche completamente, fica miúdo, e as altas temperaturas acabam jogando muito fruto no chão”, disse.
O Superintendente da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, a Expocaccer, Sérgio Dornelas, disse que mesmo sendo ano de safra baixa, a queda na produção está além do esperado, em cerca de 30%. “Colhemos no ano passado por volta de cinco milhões e meio de sacas de café. Nesta safra deve ficar em torno de quatro milhões de sacas”, disse.
Por outro lado, essa situação impactou no mercado, já que o preço do café está em alta. Para Sérgio Dornelas, o preço do café esse ano tem se mantido em níveis interessantes para o produtor. “Nessa safra a gente esperava que o preço reduziria um pouco, mas, pela oferta de cafés, tem ocorrido o contrário. Os cafés estão esboçando uma recuperação e um ajuste de preços para próximo de R$ 500, já esboçando esse percentual de quebra que estamos vivenciando ai, que está acima do previsto pra nossa região”, disse.