De acordo com o monitoramento agroclimático do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), atualizado nessa segunda-feira (02-01), 2006 iniciou com chuvas em todo o Estado. Apesar de ainda não atingir os índices desejados, a volta das precipitações já é considerada alento para os agricultores. Isto porque as chuvas contribuem na melhoria das condições das lavouras. Mesmo com a ocorrência de chuvas entre os dias 31 de dezembro e 01 de janeiro, a deficiência hídrica não foi recuperada. Porém, a umidade relativa do ar foi recomposta entre 80 e 90%. As chuvas acumuladas nos primeiros dias do ano atingiram quase 80 milímetros no litoral, entre 60 e 70 milímetros em Guarapuava e Jaguariaíva, e de 30 a 40 milímetros em Foz do Iguaçu, Cascavel e Londrina. O Iapar informou que, nas regiões noroeste, sudoeste e sul do Estado, as chuvas atingiram 30 milímetros. Segundo técnicos do instituto, com a nebulosidade e o aumento da umidade, as perdas de água por evaporação diminuíram para menos de três milímetros por dia, o que favorece o desenvolvimento das culturas. A região sudoeste e as regiões oeste e norte, ao longo do vale do Rio Paraná, ainda apresentam deficiência hídrica de 40 a 60 milímetros. Em grande parte das outras regiões do Estado, o déficit hídrico está entre 10 e 40 milímetros, mas não causa prejuízo às culturas. Porém, segundo os pesquisadores do Iapar, é importante que ocorram mais chuvas nos próximos dias para que a situação não volte a ser desfavorável. Com as raras precipitações em dezembro e nenhuma chuva entre os dias 07 e 16 do mês passado em todo o Paraná, a situação havia se agravado. A falta de chuva somada às temperaturas bastante elevadas fizeram com que a deficiência hídrica afetasse várias regiões do Estado. Também em dezembro, no extremo sul do Paraná e em parte da região de Campo Mourão, as temperaturas à noite despencavam. O frio fazia com que a umidade relativa do ar também caísse entre 40 e 50%. Recomendações De acordo com o Iapar, os agricultores devem fazer a semeadura das culturas anuais somente nas áreas com água disponível no solo superior a 75% da capacidade máxima, de acordo com as indicações do zoneamento agrícola, disponíveis na página do instituto (www.iapar.br/zonpr). Na região cafeeira do Estado, as áreas que tiveram chuvas apresentam condições ideais para a adubação das lavouras. Seguindo as orientações de um engenheiro agrônomo, também pode ser feita a adubação de outras espécies perenes. Os técnicos do Iapar ainda lembram que, com as elevadas temperaturas e umidade do ar, há condições favoráveis para a proliferação de pragas e doenças. As condições são adequadas para a aplicação de agrotóxicos. Desde que o monitoramento orientado por um agrônomo indique a ocorrência de praga ou doença que possa causar dano econômico. Também é importante acompanhar a previsão do tempo. Assim, é possível evitar as aplicações logo antes das chuvas e monitorar as condições de temperatura, velocidade do vento e umidade relativa no momento da aplicação. Isso evita a deriva e a perda de eficiência da aplicação. Redação Fonte: Diário de Maringá |