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Chuvas amenizaram déficit hídrico do milho e da soja Redação – 30/11/2006 – 10:07
Por Antonio Marcio
As chuvas dos últimos dias amenizaram o déficit hídrico das culturas do milho e da soja. Porém, ainda há diversos municípios paranaenses com baixa umidade do solo que vem prejudicando o desenvolvimento das lavouras. Com a seca deve-se fazer o monitoramento contínuo de incidência de lagartas nas lavouras de milho. As altas temperaturas causam desconforto animal, prejudicam o pegamento dos chumbinhos nas lavouras de café e requerem cuidados extras com irrigação e proteção das hortaliças.
De acordo com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a semana transcorreu com chuvas intensas e localizadas, que contribuíram para amenizar o déficit hídrico que vinha ocorrendo em diversos municípios paranaenses. Os dias úmidos e quentes trouxeram a sensação de tempo abafado e desconforto térmico.
As temperaturas foram elevadas, e continuam em torno de 3 ºC acima da média esperada. As áreas mais quentes do noroeste atingiram média de 27 a 29 ºC, com média das máximas de 32 a 34 ºC. Nas áreas mais elevadas do sul as temperaturas foram mais amenas, com médias de 20 a 23 ºC e média das máximas de 25 a 28 ºC.
Conforme os pesquisadores do Iapar, Paulo Caramori e Rogério Faria, as chuvas na semana foram intensas e irregulares. As maiores quantidades ocorreram na faixa nordeste, concentrada em Cambará, e no litoral, totalizando 60 a 90 milímetros. A maioria dos municípios teve precipitações acumuladas entre 30 e 60 milímetros. Entretanto, toda a faixa oeste, desde São Jorge do Patrocínio até Foz do Iguaçu, assim como os municípios das regiões sudoeste próximos a Pato Branco e Francisco Beltrão, e os municípios da região sul próximos a União da Vitória tiveram poucas chuvas, com máximo acumulado de 30 milímetros na semana.
A demanda hídrica foi elevada no noroeste do Estado, atingindo cinco a seis milímetros por dia nas áreas mais quentes. A faixa localizada ao leste da linha que une os municípios de Jaguariaíva, Ponta Grossa e União da Vitória teve evapotranspiração média de dois a 3,5 milímetros por dia. Os demais municípios tiveram evapotranspiração entre três a cinco milímetros por dia.
A irregularidade das chuvas ainda causa deficiência hídrica em grande parte do noroeste, na faixa oeste ao longo do vale do rio Paraná e no sudoeste, com exceção de alguns municípios que receberam precipitações isoladas. Nos municípios mais secos a água disponível encontra-se abaixo de 25% da capacidade máxima e provoca prejuízos às culturas em geral. A faixa central do Estado apresenta déficit moderado, mas a água disponível no solo ainda é satisfatória para as culturas. A faixa leste teve excedentes hídricos durante a semana.