PRODUTOS & MERCADOS
19/03/2010
Chuvas afetam lavouras paulistas
Excesso de precipitações entre a colheita e a nova florada prejudica a produção e pode comprometer a qualidade dos grãos, atingindo o bolso do cafeicultor
Os preços futuros de café arábica recuaram na primeira semana de fevereiro no mercado internacional. Apesar das fortes quedas, colaboradores do Cepea comentam que, geralmente, o mercado brasileiro absorve com maior rapidez as altas internacionais, havendo menores alterações em caso de baixas. No físico, seguem a escassez de bebida boa e bons prêmios sendo pagos por ela. As lavouras de café de São Paulo já acumulam perdas em torno de 10%, devido ao excesso de chuva entre os meses de julho e janeiro, segundo o Instituto de Economia Agrícola (MA), Da colheita à nova florada (setembro), o café necessita de estresse hídrico, o que não ocorreu. Além da redução na produção, os produtores seguem preocupados com a baixa qualidade dos grãos e no que isso pode afetar o bolso.
No mercado de café robusta, a estiagem prolongada no Espírito Santo preocupa os cafeicultores locais. A chuva não cai há cerca de dois meses, e os cafezais começam a ser prejudicados.
A Organização Internacional do Café (OIC) informou que as exportações globais de café, sob todas as formas (verde, torrado, moído e solúvel), alcançaram 94,69 milhões de sacas de 60 quilos em 2009, queda de 2,976 mil sacas, ou 3,05%, em relação a 2008 (97,666 milhões de sacas).
Em janeiro deste ano, o volume de café verde exportado pelo Brasil cresceu 4,8% em relação ao mesmo mês de 2009, para 2,21 milhões de sacas, de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita cambial com o produto cresceu 16,7% no período. Os exportadores faturaram US$ 377 milhões -foram US$ 323 milhões em janeiro de 2009.