A umidade de agora ocorre após um setembro de forte estiagem, que fez o setor de café no Brasil retirar as apostas de uma “supersafra” em 2018.
SÃO PAULO (Reuters) – As chuvas no fim de semana possibilitaram a manutenção, “mesmo que parcial”, dos níveis de umidade no solo nas regiões cafeeiras de Paraná, São Paulo e Minas Gerais, reduzindo os temores quanto ao desenvolvimento da próxima safra, disse a Rural Clima nesta segunda-feira.
Conforme o Agriculture Weather Dashboard, do terminal Eikon da Thomson Reuters, as precipitações no chamado Norte Pioneiro do Paraná somaram 30,8 milímetros (mm) nos últimos sete dias, enquanto no sul de Minas Gerais e na Zona da Mata mineira, 15,2 mm e 13,7 mm, respectivamente.
A umidade de agora ocorre após um setembro de forte estiagem, que fez o setor de café no Brasil retirar as apostas de uma “supersafra” em 2018.
Segundo o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, no entanto, as chuvas recentes garantem “condições razoáveis ao desenvolvimento tanto da planta quanto dos frutos, recém surgidos”.
“Apenas a região do Cerrado Mineiro é que ainda continua apresentando índices baixos de umidade do solo, mas até agora não há relatos de perdas no potencial produtivo das lavouras de café”, acrescentou.
Refletindo isso, o contrato do café arábica com vencimento em julho de 2018 na ICE, que representa a nova safra no Brasil, caiu quase 7 por cento desde o pico de 1,50 centavo de dólar por libra-peso registrado em 15 de setembro.
Nesta segunda-feira a Bolsa de Nova York está fechada em razão do feriado de Columbus Day.
(Por José Roberto Gomes)