Chuva intensa traz erosão – previsões para a safra de café nas regiões de Franca, Espírito Santo do Pinhal e Mococa indicam que a produtividade deve s

27/12/2006 05:12:58 – O Estado de São Paulo

Semana com condições típicas de verão, com dias de sol forte intercalados com períodos de nebulosidade intensa e chuvas localizadas. Fez muito calor, principalmente nos Vales do Paraíba e do Ribeira.

A temperatura também passou de 35 graus no oeste do Estado, de Presidente Prudente a Votuporanga, onde a chuva acumulada em cinco dias foi próxima do volume total esperado para dezembro. A precipitação intensa provocou erosão nas áreas aradas recentemente e nas lavouras em fase inicial de crescimento , além de causar grandes prejuízos aos produtores por carregar a camada mais fértil do solo . O sistema de plantio direto na palha, as curvas de nível e os terraços são técnicas que praticamente eliminam o risco de erosão.

Nas demais localidades as reservas de água no solo ainda favorecem o desenvolvimento das culturas e pastagens, mas em algumas regiões a umidade do solo mantém a tendência de queda há duas semanas. Este é o caso de Sorocaba, Iguape e Taquarivaí, onde as lavouras de milho, feijão e soja podem sofrer com a falta de água caso não chova nos próximos dias.

As novas previsões para a safra de café nas regiões de Franca, Espírito Santo do Pinhal e Mococa indicam que a produtividade deve ser 50% menor em relação à safra deste ano. Já era sabido que esta safra seria menor do que a anterior por causa do ciclo bianual do café – um ano com alta produtividade e o seguinte com baixa -, mas a estimativa de safra surpreende porque a produtividade será ainda menor do que se esperava.

QUEBRA DE SAFRA

A quebra da safra de café é atribuída ao calor e à estiagem nos meses de outono, que impediram a formação das gemas florais e diminuíram muito o vigor da florada de outubro e novembro.

Apesar da chuva, foi possível realizar os tratos culturais nas lavouras de soja de Miguelópolis e Promissão; de milho em Ituverava, Palmital e Altinópolis; do algodão em Casa Branca e Leme e do amendoim em Jaboticabal e Sertãozinho.

A colheita também prosseguiu nas lavouras de melancia de Marília; de manga em Taquaritinga; de pêssego em Campinas e Valinhos; de uva em Vinhedo e Jundiaí; da ameixa em Jarinu e do feijão em Itaberá, Itapeva e Taquarituba.

*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima no Brasil, acesse www.agritempo.gov.br