A chegada de grandes redes de café ao mercado brasileiro deve impulsionar o consumo interno a ponto de o país ultrapassar os EUA como maior consumidor do produto no mundo nos próximos quatro anos. Ao menos essa é a meta da Abic (Associação Brasileira de Indústria de Café).
Neste ano devem desembarcar em solo brasileiro a norte-americana Starbucks, maior rede do planeta, em São Paulo, e a tradicional marca colombiana Juan Valdez, no Rio de Janeiro. O movimento deve dar mais ebulição ao incipiente mercado de cafés gourmet, hoje representado pelos paulistas Santo Grão, Suplicy e Cafeera e o carioca Armazém do Café.
Além do estímulo ao consumo, pela novidade e a conseqüente curiosidade dos consumidores, Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic, acredita que as redes poderão modificar o perfil de quem bebe café tradicionalmente, como ocorreu nos EUA e na Europa. ‘As casas de café estão criando um novo consumidor.
Crianças e jovens em todos os lugares do mundo são os que menos consomem café, por conta da criação de hoje. Achocolatados, sucos, isotônicos e muitos outros [produtos] disputam o paladar. Essas casas, por serem um lugar diferente e terem uma ambientação, passaram a atrair o jovem e a gerar curiosidade’, afirmou.
O Brasil deve fechar o ano com o consumo de 16,5 milhões de sacas de café, a um crescimento médio de cerca de 4%, atingindo 21 milhões de sacas em 2010. No resto do mundo, a taxa é de 1,5%.