Os preços do café arábica brasileiro continuam subindo no físico brasileiro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 495,98/saca de 60 kg em fevereiro, valor 28,2% maior que o de janeiro, que foi de R$ 433,34/sc. No mercado internacional, o contrato de arábica com vencimento em maio na Bolsa de Nova York (ICE Futures) fechou a 272,20 centavos de dólar por libra-peso no dia 28, avanço de 8,5% em relação ao fechamento do dia 1º. A moeda norte-americana teve média de R$ 1,669/US$ em fevereiro, recuo de 0,4% em relação à de janeiro.
Arábica tipo 6 vale 217 reais a mais que há um ano
A média mensal de fevereiro do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura ou melhor, posto na capital paulista vale 217 reais/saca a mais que a média de fevereiro de 2010, que foi de R$ 278,68/saca. Os preços estão em alta desde meados do ano passado. Com o equivalente ao Indicador atual do arábica tipo 6, há um ano, seria possível adquirir uma saca do
mesmo tipo mais outra de robusta tipo 6 e ainda sobrariam 3 reais – considerando-se as médias
mensais. Segundo colaboradores do Cepea, diante das fortes altas do arábica, produtores que antes idealizavam vender seus lotes de café tipo 6 bebida dura com 20% de catação a R$ 500,00/sc, agora anseiam valores maiores. As valorizações na bolsa bem como no físico brasileiro devem-se à oferta restrita de café fino. Muitos se interessaram por manter em aberto seus contratos para obter o grão no contrato de março. Dada a escassez de café no
mercado disponível, ainda faltando alguns meses para o início da colheita da safra 2011/12, vendas de arábica para entrega futura já têm sido realizadas. A maioria das negociações é para o mês de setembro, quando um maior volume da variedades deve estar disponível. Contudo, os lotes têm sido negociados um pouco abaixo dos patamares atuais. O número de negócios
envolvendo grãos da safra 2011/12, contudo, ainda é bem limitado, e a disponibilidade de grãos da safra nova deve iniciar apenas em meados de junho e julho.
Na safra 2010/11, o café natural brasileiro tem sido cada vez mais procurado pelo mercado
internacional, devido, principalmente, à dificuldade na obtenção de grãos suaves de outros países (como os da Colômbia e da América Central). O aumento nas exportações de café do Brasil comprova esse cenário. Considerando-se os dados do setor, no entanto, caso o desempenho dos embarques de café brasileiro e a demanda interna em 2011 continuem no mesmo ritmo de 2010, a produção nacional pode ser insuficiente. Desde agosto de 2010, quase 3 milhões de sacas de 60 kg de café verde (excluindo o solúvel) têm sido embarcadas mensalmente, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Apenas em fevereiro e março este número foi menor, porém muito acima dos mesmos meses de 2010.
Safra 09/10 Safra 10/11
jul/09 247,50 jul/10 302,36
ago/09 255,34 ago/10 313,93
set/09 254,29 set/10 328,23
out/09 262,20 out/10 327,15
nov/09 272,55 nov/10 355,51
dez/09 281,57 dez/10 387,01
jan/10 280,75 jan/11 433,34
fev/10 278,68 fev/11 495,98
mar/10 279,70 mar/11
abr/10 282,17 abr/11
mai/10 289,46 mai/11
jun/10 305,99 jun/11
Média 2 74,18 Média 3 67,94