Cenário : Dólar deve manter pressão sobre Futuros em Ny nesta Terça-Feira

20/08/2013 Café da terra


São Paulo, 20/08/2013 – Os contratos futuros de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) iniciaram a semana em queda, pelo terceiro pregão consecutivo. O mercado cede com o fortalecimento do  dólar em relação ao real. A previsão de ausência de risco de geadas nos cafezais do Brasil nos próximos dias contribui para pressionar as cotações.


A meteorologia informa que o clima nas regiões produtoras deve seguir ameno, sem chuvas, pelo menos até  o próximo fim de semana. De acordo com a Somar, uma massa de ar polar deve alcançar o Brasil, mas o  risco de geadas deve ficar restrito ao Sul do País, principalmente ao Estado do Rio Grande do Sul.


Ontem o dólar manteve-se valorizado em relação ao real. Conforme explica a Pharos, a valorização da moeda  dos Estados Unidos aumenta a remuneração do café brasileiro em reais, reduzindo os efeitos da queda dos  preços futuros. Esse movimento atrai vendas de origem, abrindo espaço para queda nos preços futuros.


No exterior, a nova queda nos preços dos Treasuries pressionou as moedas emergentes, levando a rupia da  Índia a atingir uma mínima recorde e a rupia da Indonésia a registrar o menor nível em quatro anos em relação ao dólar. Já o euro ganhou força após o banco central da Alemanha (Bundesbank) lançar dúvidas  sobre o compromisso do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juros nos atuais níveis baixos  por um período prolongado de tempo.


Tecnicamente, os contratos futuros de café continuam dentro do intervalo entre 120 cents e 125 cents, base  dezembro/13. No entanto, uma apreciação da moeda norte-americana pode comprometer o suporte a 120  cents.


As rolagens de posição diminuem de intensidade, antes do início do período de notificação de entrega do  vencimento setembro/13, a partir da próxima quinta-feira. Na sexta passada, o contrato para dezembro/13  acumulava 90.699 lotes em aberto. Setembro/13 tinha em aberto 18.689 lotes, para um total geral de 147.109  lotes.


Os fundos de investimento diminuíram o saldo líquido vendido em café na ICE, conforme mostrou o relatório  semanal da Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC), divulgado sexta-feira. Os fundos  passaram de saldo líquido vendido de 29.383 lotes no dia 6 de agosto para 27.015 lotes no dia 13,  considerando futuros e opções.


O contrato futuro de café para dezembro/13 acabou encerrando ontem em baixa de 0,73% (menos 90 pontos), a 122,75 cents. A mínima foi de 122,05 cents (menos 160 pontos). A máxima foi de 124,25 cents (mais 60 pontos).


O mercado físico iniciou a semana com alguns negócios. A queda dos contratos futuros na Bolsa de Nova York foi compensada pela alta do dólar em relação ao real, informa corretor de Santos (SP).


Cafés da safra  nova 2013/14 foram cotados acima dos grãos remanescentes da safra 2012/13. O comentário na praça de  Santos é que café tipo 6, com 18% de catação, safra nova 2013/14, foi vendido a R$ 300 a saca. Volcafé e  Louis Dreyfus Commodities teriam adquirido lote de cerca de 2 mil sacas cada. Café safra 2012/13 foi cotado  a R$ 295 a saca.


Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informam que  as vendas de arábica no físico brasileiro iniciaram a semana em ritmo lento. Os preços registraram pequena  queda. O Cepea ressalta que as sucessivas desvalorizações do real em relação ao dólar têm limitado baixas  mais intensas no Brasil.


O indicador Cepea/Esalq do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$  289,76/saca de 60 kg, baixa de 0,7% em relação à sexta-feira. O dólar ficou em R$ 2,41, alta de 0,92% na  mesma comparação. Com relação ao clima, no último fim de semana, uma chuva de granizo atingiu a região do Sul de Minas Gerais. Conforme apurou o Cepea, ainda não foi possível mensurar possíveis perdas nas  áreas cafeeiras.


O indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 256,59/saca de 60 kg, aumento de  1% em relação à sexta-feira. Já o tipo 7/8 bica corrida fechou a R$ 248,03/sc, baixa de 0,1% na mesma  comparação – ambos à vista e a retirar no Espírito Santo.


Fonte : Agência Estado /Broadcast

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