Cecafé prevê exportações estáveis em 2010 e preços melhores

12 de janeiro de 2010 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: Reuters

11/01/10


SÃO PAULO (Reuters) – O volume exportado de café verde do Brasil neste ano deverá ficar bem próximo dos embarques verificados em 2009, mas as divisas geradas com as vendas externas deverão crescer, considerando os melhores preços da commodity no mercado internacional, afirmou o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No ano passado, as exportações de café verde do Brasil atingiram 27,33 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 5 por cento em relação a 2008, segundo o Cecafé, que prevê exportações entre 27,3 e 27,8 milhões de sacas em 2010.


“A estimativa (para 2010) é baseada em um semestre com uma safra menor e outro com uma safra maior”, declarou o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga, em entrevista por telefone.


Ele explicou que as exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano serão feitas com a oferta de uma safra menor (2009/10) –a colheita do ano de baixa do ciclo bianual do arábica foi encerrada no ano passado. E os embarques do segundo semestre já absorverão a produção de uma colheita (2010/11) que pode ser das maiores que o país já teve.


As exportações totais de café em 2009, incluindo torrado e moído (106 mil sacas equivalentes) e solúvel (2,86 milhões de sacas), somaram 30,3 milhões de sacas.


Prevendo preços melhores em 2010 do que os verificados em 2009, o Cecafé projeta que os embarques totais resultem em mais dólares neste ano, algo entre 4,6 e 4,8 bilhões de dólares, contra 4,27 bilhões de dólares no ano passado.


“Com preços melhores em relação a 2009, (a receita cambial) vai subir”, disse Braga, ressaltando que o preço médio da saca em dezembro, de 153,91 dólares, já aproxima-se da cotação pré-crise.


RECUPERAÇÃO DO ROBUSTA


As exportações do café robusta, que registraram queda de quase 1 milhão de sacas em 2009 ante 2008, para 1,1 milhão de sacas, devem se recuperar em 2010, avaliou o Cecafé, que projeta embarques de 2,2 a 2,4 milhões de sacas para este ano desse tipo de produto.


O Cecafé prevê uma redução das exportações do Vietnã, maior exportador global de robusta, e provável aumento dos embarques do também chamado conillon brasileiro, “que tende a se tornar mais competitivo no mercado externo”.


Já os embarques do arábica de 2010 estão estimados entre 25,1 e 25,4 milhões de sacas, ante 26,2 milhões de sacas em 2009.


No ano passado, apesar de a receita cambial gerada ter caído 10 por cento ante 2008, em meio à crise internacional, o Brasil conseguiu manter a sua participação no mercado internacional, com quase um terço do total, superior a 31 por cento.


“Para 2010, as perspectivas para o nosso mercado são animadoras. Tudo indica que o Brasil irá manter suas exportações em torno dos 30 milhões de sacas –algo entre 13 e 14 milhões no primeiro semestre, e 16 a 17 milhões de sacas no segundo semestre”, completou Braga.


De acordo com avaliação da Organização Internacional do Café, divulgada nesta segunda-feira, o mercado mundial de café continuará relativamente apertado em 2010, com um consumo crescente.


(Reportagem de Roberto Samora; edição de Camila Moreira)


 

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Cecafé prevê exportações estáveis em 2010 e preços melhores

Por: 11/01 - 16:38 - Reuters

SÃO PAULO (Reuters) – O volume exportado de café verde do Brasil neste ano deverá ficar bem próximo dos embarques verificados em 2009, mas as divisas geradas com as vendas externas deverão crescer, considerando os melhores preços da commodity no mercado internacional, afirmou o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No ano passado, as exportações de café verde do Brasil atingiram 27,33 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 5 por cento em relação a 2008, segundo o Cecafé, que prevê exportações entre 27,3 e 27,8 milhões de sacas em 2010.


“A estimativa (para 2010) é baseada em um semestre com uma safra menor e outro com uma safra maior”, declarou o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga, em entrevista por telefone.


Ele explicou que as exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano serão feitas com a oferta de uma safra menor (2009/10) –a colheita do ano de baixa do ciclo bianual do arábica foi encerrada no ano passado. E os embarques do segundo semestre já absorverão a produção de uma colheita (2010/11) que pode ser das maiores que o país já teve.


As exportações totais de café em 2009, incluindo torrado e moído (106 mil sacas equivalentes) e solúvel (2,86 milhões de sacas), somaram 30,3 milhões de sacas.


Prevendo preços melhores em 2010 do que os verificados em 2009, o Cecafé projeta que os embarques totais resultem em mais dólares neste ano, algo entre 4,6 e 4,8 bilhões de dólares, contra 4,27 bilhões de dólares no ano passado.


“Com preços melhores em relação a 2009, (a receita cambial) vai subir”, disse Braga, ressaltando que o preço médio da saca em dezembro, de 153,91 dólares, já aproxima-se da cotação pré-crise.


RECUPERAÇÃO DO ROBUSTA


As exportações do café robusta, que registraram queda de quase 1 milhão de sacas em 2009 ante 2008, para 1,1 milhão de sacas, devem se recuperar em 2010, avaliou o Cecafé, que projeta embarques de 2,2 a 2,4 milhões de sacas para este ano desse tipo de produto.


O Cecafé prevê uma redução das exportações do Vietnã, maior exportador global de robusta, e provável aumento dos embarques do também chamado conillon brasileiro, “que tende a se tornar mais competitivo no mercado externo”.


Já os embarques do arábica de 2010 estão estimados entre 25,1 e 25,4 milhões de sacas, ante 26,2 milhões de sacas em 2009.


No ano passado, apesar de a receita cambial gerada ter caído 10 por cento ante 2008, em meio à crise internacional, o Brasil conseguiu manter a sua participação no mercado internacional, com quase um terço do total, superior a 31 por cento.


“Para 2010, as perspectivas para o nosso mercado são animadoras. Tudo indica que o Brasil irá manter suas exportações em torno dos 30 milhões de sacas –algo entre 13 e 14 milhões no primeiro semestre, e 16 a 17 milhões de sacas no segundo semestre”, completou Braga.


De acordo com avaliação da Organização Internacional do Café, divulgada nesta segunda-feira, o mercado mundial de café continuará relativamente apertado em 2010, com um consumo crescente.


(Reportagem de Roberto Samora; edição de Camila Moreira)

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