As exportações brasileiras de café apresentaram um acréscimo de 1,6% no
volume de sacas embarcadas em julho (2.158.640 sacas) em relação ao mesmo mês do
ano passado, quando foram exportadas 2.123.889 sacas. Já a receita registrou uma
redução de 22,7% na mesma base comparativa, fechando em US$ 339,543 milhões. As
informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho
dos Exportadores de Café do Brasil).
Apesar disso, o diretor-geral da entidade, Guilherme Braga, “espera uma
recuperação no ritmo das exportações entre os meses de agosto e dezembro, o que
deve levar a um encerramento do ano civil de 2013 com um volume de café
exportado em torno de 30,5 milhões de sacas, o que representa um aumento de
aproximadamente 7% em relação a 2012.”
Considerando a qualidade do café, o levantamento mostra que de janeiro a
julho a variedade arábica respondeu por 84,8% das vendas do país, o solúvel por
10,8%, o robusta, por 4,3%, e o torrado & moído por 0,1% das exportações. Os
cafés diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 15,7% nas
exportações em termos de volume e de 19,2% na receita cambial durante esses
meses.
O relatório aponta ainda que, nesses sete meses o principal mercado
importador foi a Europa, responsável pela importação de 53% do total embarcado
do produto brasileiro, enquanto a América do Norte respondeu pela compra de 22%
do total de sacas exportadas, a Ásia por 18% e a América do Sul, por 3%.
As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores Tradicionais
tiveram um aumento de 15,7% nesse mesmo período. Os Países Importadores
Emergentes também registraram um crescimento 25,2% nas exportações, considerando
a mesma base comparativa. Os embarques do produto para os Países Produtores
apresentaram uma queda de 22,3% em relação ao período anterior, passando de
558.970 sacas para 434.061 sacas.
Segundo o Balanço das Exportações, os Estados Unidos lidera a lista de países
importadores de janeiro a julho de 2013, com 3.436.764 sacas adquiridas (20% do
total exportado), seguido pela Alemanha, com 2.966.967 sacas (17% do total). A
participação do Japão manteve a terceira colocação, importando 1.518.625 sacas
do produto brasileiro (9%). Em quarto lugar continua a Itália, com 1.433.627
sacas (9% do total). A Bélgica ocupa a quinta posição com 1.071.436 sacas (6% do
total).
Os embarques de café acumulados até o sétimo mês deste ano foram realizados
em grande parte pelo porto de Santos, que escoou 77,4% do produto exportado
(13.218.177 sacas), pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 15,6% do
total (2.659.043 sacas), e pelo porto de Vitória, de onde saiu 1,9% do total
(325.028 sacas).