Carvalhaes – No café, as bolsas fecham a semana com ganhos e fundamentos acabaram se impondo sobre as más notícias do mercado financeiro

Boletim semanal – ano 78 – n° 32


Escritório Carvalhaes



Santos, sexta-feira, 12 de agosto de 2011


O inédito rebaixamento da nota de crédito dos EUA, de AAA para AA+, pela agência de risco Standard&Poor’s, no final da última sexta-feira, dia 5, coroando as más notícias da pior semana para a economia mundial desde a crise de 2008, levou os operadores a esperar que na segunda-feira, dia 8, os mercados ao redor do mundo abrissem em pânico.


Em reuniões telefônicas no decorrer do final da semana, os países do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes, se coordenaram e avisaram que não iriam alterar a gestão de suas reservas internacionais em razão do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos. Os mercados abriram em forte baixa, mas no decorrer da semana os esforços surtiram efeito e os resultados acabaram se apresentando menos trágicos do que o projetado antes do início dos trabalhos na última segunda-feira.


No café, as bolsas fecham a semana com ganhos. Os fundamentos acabaram se impondo sobre as más notícias do mercado financeiro. Os estoques mundiais estão perigosamente baixos e a safra mundial esperada pela OIC – Organização Internacional do Café ficará abaixo do atual consumo mundial, que continua apresentando bom desempenho e crescimento.


Os últimos números da OIC ainda não levam em consideração as notícias que chegam da Colômbia alertando para mais uma quebra de 500 mil sacas na produção, agora estimada em nove milhões de sacas. É o quarto ano seguido de problemas climáticos neste país, maior produtor de arábica lavado do mundo. A produção de café nas regiões equatoriais são as que mais estão sofrendo com o agravamento das mudanças climáticas. A colheita da safra brasileira de café 2010/2011 está se aproximando do final e à medida que o benefício do café colhido avança, vão se confirmando quebras significativas na renda.


As geadas sobre regiões produtoras de café do sul de Minas com o frio intenso da madrugada do último dia 5 foram menos danosas do que as primeiras notícias na manhã do ocorrido. Foram atingidas principalmente lavouras novas plantadas em regiões mais baixas.


Até o dia 12, os embarques de agosto estavam em 685.127 sacas de café arábica, 137.423 sacas de café conillon, somando 822.550 sacas de café verde, mais 84.177 sacas de solúvel, contra 792.768 sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 12, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 1.184.832 sacas, contra 1.121.727 sacas no mesmo dia do mês anterior.


A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 5, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 12, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 235 pontos ou US$ 3,10 (R$ 5,00) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 499,00/saca e hoje, dia 12, a R$ 512,83/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 50 pontos.

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