Caronas de Rossi serão investigadas
17/08/2011
O caso do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que pegou caronas em um jatinho da Ourofino Agronegócios para viagens particulares será analisado na próxima reunião do Conselho de Ética Pública da Presidência da República (CEP-PR). As relações do ministro com a empresa, reveladas na edição de ontem do Correio Braziliense/Diario, motivaram a bancada do PSol a entrar com uma representação no colegiado, ontem.
De acordo com a justificativa apresentada no documento, o chefe da pasta violou o artigo 7º do Código de Ética da Alta Administração Federal, do âmbito do Poder Executivo. “A autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade”, diz um trecho do código transcrito na representação assinada pelo líder do PSol na Câmara, Chico Alencar (RJ), e pelos deputados Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ).
Wagner Rossi e um dos filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), foram vistos algumas vezes, segundo relatos de funcionários do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), onde fica a sede da Ourofino, desembarcando da aeronave. O avião modelo Phenom, fabricado pela Embraer, está avaliado em US$ 7 milhões. Desde novembro do ano passado, a Ourofino registrou crescimento de 81%. (Igor Silveira)