Carmo de Minas foi o vencedor da 15ª edição do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso”

Numa festa que celebrou uma parceria de sucesso,

illycaffè anuncia os melhores cafeicultores do Brasil

Dedicação dos produtores de cafés especiais garantiu mais uma edição de excelente nível do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso”, concurso que mudou o panorama da cafeicultura brasileira. Nomes foram divulgados nesta sexta-feira, dia 10

O alto nível de qualidade das amostras inscritas e a predominância de produtores de Minas Gerais dentre os melhores cafeicultores marcaram a 15ª edição do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso”, oferecido anualmente desde 1991 pela torrefadora italiana illycaffè. Entre os melhores, o vencedor foi Pedro Paulo Dias Chaib de Souza, da cidade de Carmo de Minas, a 395 km de Belo Horizonte.

Favorecida por sua altitude de 860m, Carmo de Minas é conhecida, atualmente, como a região que produz o melhor café do País. Outros fatores apontados para o sucesso do cultivo do café de qualidade no município são o cuidado na produção e no beneficiamento. É o segundo ano consecutivo que o Circuito das Águas, região localizada no sul de Minas, ganha a primeira colocação no prêmio que alterou o panorama da cafeicultura brasileira.

Inclusive, as nove primeiras posições – dentre as 10 – são ocupadas por  produtores mineiros – o estado do Espírito Santo é o 10° colocado. Da segunda à quarta colocação, todos os cafeicultores são de Araponga, município mineiro situado nas Matas de Minas (ex-Zona da Mata), outra tradicional região participante do Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso” – dos 50 finalistas neste ano, por exemplo, 21 vieram das Matas de Minas, 15 do Sul de Minas, 13 do Cerrado e um do estado do Espírito Santo.

Todos os 50 finalistas tiveram lotes com qualidade acima da média. Tal fato é reflexo de diversos fatores – em especial o clima favorável e a dedicação dos produtores que, com capricho e dedicação, superaram os problemas observados nos anos anteriores. O curso de treinamento dos classificadores promovido pela illy também contribuiu para que a qualidade dos lotes aumentasse significativamente.

As provas para definição dos dez primeiros classificados – que tiveram a participação de especialistas brasileiros e italianos, além do presidente honorário da illycaffè, Ernesto Illy – deram muito trabalho para a comissão julgadora. Seis amostras receberam a nota máxima, o que exigiu 56 provas por amostra para se chegar ao desempate.

Cerrado – O reconhecimento ao cultivo de café de qualidade não se restringiu às regiões do sul mineiro (também presente na relação dos “10 Mais” com um representante do município de Cabo Verde) e Matas de Minas (ainda representado por Manhuaçu, município situado próximo à divisa com o Espírito Santo, a 260 km da capital mineira, que ocupa o 6° lugar, além de Martins Soares, município localizado na mesma microrregião manhuaçuense, na 9ª posição).

Prova de que há uma nova e promissora configuração do cenário cafeeiro no País é que o Cerrado, mais uma vez, se faz presente na lista de 2005, representado por Campos Altos, município que detém a 5ª e 7ª colocação na premiação deste ano. Localizado na região da Serra da Canastra, o café é responsável por 70% da economia de Campos Altos. O Espírito Santo teve um representante entre os 10 primeiros finalistas.

O anúncio dos vencedores da 15ª edição do concurso foi feito nesta sexta-feira, 10 de março, em festa no Buffet Rosa Rosarum, em São Paulo. Muito mais que uma cerimônia, a entrega do 15° Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso” foi uma oportunidade de celebrar uma parceria de sucesso que alterou o panorama da cafeicultura brasileira: a da illycaffè com os cafeicultores.

Inscrições – Neste ano em que o Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso”  completa 15 anos, produtores de Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo inscreveram 700 amostras. A primeira edição do Prêmio teve 263 inscritos. A premiação foi a primeira iniciativa de grande envergadura para estimular uma mudança de mentalidade na cafeicultura nacional em prol da qualidade.

O concurso procura incentivar a produção de cafés finos, sendo aceitos somente café da espécie Coffea arabica, de bebida fina, preparado por via seca (café natural) ou por via úmida (cereja descascado ou despolpado). Só são aceitas amostras de café de alta qualidade, enquadradas nos rigorosos padrões internacionais de qualidade adotados pela illycaffè. A seleção se dá por meio de testes com raios infravermelhos, equipamento de ultravioleta, mapadora e várias formas de classificação (quanto ao aspecto, seca, cor, tipo, teor de umidade etc). As amostras têm de ser de cafés não-ligados, do tipo três para melhor, nas peneiras 16 e acima.

O prêmio total de US$ 101 mil é dividido entre os 50 finalistas. O primeiro colocado recebe US$ 30 mil; o segundo, US$ 20 mil; US$ 10 mil, o terceiro; US$ 5 mil, o quarto e US$ 3 mil, o quinto. Os classificados da sexta à décima posição são contemplados com US$ 1 mil, enquanto os da 11ª à 50ª classificação ganham US$ 700. 

O Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso” chega a sua 15ª edição consolidando-se como um dos mais prestigiados do País, servindo inclusive de modelo para outras premiações do setor no Brasil. Seu sucesso levou à adoção do mesmo concurso em outros países.

No Brasil, além da qualidade do café em si, a premiação atingiu outros objetivos, tendo ajudado, inclusive, a desenvolver regiões produtoras no País, como as do Sul de Minas, Cerrado e Matas de Minas; a região de Ribeirão Preto, Pirajú e Mogiana em São Paulo; o sul da Bahia; estados do Espírito Santo, Paraná e Goiás; e outras Unidades da Federação.

Os 10 vencedores do 15º Prêmio Brasil de Qualidade do Café para “Espresso