Caracterização de genótipos de café resistentes a ferrugem irá contribuir o lançamento de novas cultivares com maior produtividade

O aumento do consumo, as exigências relacionadas a qualidade da bebida café e a busca de plantas tolerantes a doenças, estão se tornando tema de pesquisas científicas para atender os novos padrões dos consumidores.

Por: Vanessa Trevisan (ASCOM InovaCafé)

Diante disso e com o objetivo de caracterizar progênies e cultivares
superiores de café, pertencentes ao grupo das resistentes à ferrugem com base em
características anatômicas, a estudante de graduação, Harianna Paula Alves de
Azevedo, defendeu a sua monografia no curso de Agronomia da Universidade Federal
de Lavras (UFLA) apresentando trabalho sobre o tema “caracterização anatômica e
agronômica de genótipos resistentes à ferrugem implantados no município de
Lavras (MG)”. 


De acordo com a pesquisa, a grande ameaça à produtividade do café atualmente,
é uma doença que ataca a planta que é a ferrugem, causada pelo fungo Hemileia
vastatrix Berk. et Br.. Essa doença que devasta os cafezais foi observada no
Brasil em 1970, podendo provocar perdas na produção que variam de 35 a 50% em
média de biênio, dependendo da suscetibilidade da cultivar, umidade do ambiente,
carga pendente e estado nutricional da planta. Com isso tem-se procurado
tecnologias para livrar os cafezais da doença ou ao menos conviver com ela desde
que não cause danos econômicos.


“Por meio do estudo foram avaliadas em 18 progênies e duas cultivares de
café, doze características anatômicas foliares e quatro agronômicas. Os
resultados demonstraram a existência de variabilidade genética entre as
progênies/cultivares, existindo a possibilidade de seleção de
progênies/cultivares superiores em relação as características anatômicas”,
explicou a estudante. Grande parte do experimento foi conduzido no Laboratório
de Anatomia e Fisiologia do Cafeeiro da Agência de Inovação do Café (InovaCafé)
e contou com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(EPAMIG).



O orientador da aluna e professor titular da UFLA, Rubens José Guimarães,
comenta: “essa linha de pesquisa coordenada pela pesquisadora e doutora em
Agronomia e Fitotecnia da UFLA, Janine Magalhães Guedes, é de grande interesse
na cafeicultura pois, atualmente a forma mais eficiente de controle da doença é
através da utilização de cultivares resistentes, além de ser o meio mais
econômico. Essa pesquisa trará em breve grande contribuição para acelerar o
lançamento de novas cultivares tolerantes à ferrugem do cafeeiro, com maiores
produtividades para suprir a demanda do mercado”.

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