Apesar do cultivo agrícola praticamente inexistente, a capital paulista e o seu entorno, incluindo Santos, lideraram as exportações do agronegócio de São Paulo em 2007. As vendas externas das empresas da área do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) movimentaram US$ 6,9 bilhões, ou 38,1% do total faturado no setor no ano passado, de US$ 18,2 bilhões.
O faturamento foi 6,5% maior que em 2006, enquanto as vendas externas totais do setor cresceram 11,7% sobre os U$ 16,3 bilhões de 2006.
Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA), a partir de levantamento junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A liderança da capital é explicada pelo fato de as estatísticas baseadas no ato comercial de venda ao exterior identificarem o domicílio fiscal das empresas, o que não necessariamente corresponde à produção local.
“O expressivo valor exportado dos agronegócios é decorrente de empresas sediadas principalmente em São Paulo e Santos, onde se registram as saídas para exportação. Isso mostra a relevância da utilização do conceito de cadeias de produção para entender as dinâmicas das agriculturas regionais”, expõem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo e José Sidnei Gonçalves. A participação do agronegócio nas vendas totais do estado ao exterior manteve o mesmo patamar de 2006, em 32,4%. Os dados avaliam os 40 principais produtos vendidos ao exterior que, somados, representam 90,85% do valor total exportado.
Já as vendas externas das empresas sediadas na área geográfica do EDR de Araraquara aparecem em segundo lugar. As exportações atingiram US$ 2 bilhões na região, crescimento de 45,2% em relação a 2006 e consolidando 11% de participação no agronegócio paulista.
Em seguida, aparecem as empresas da área do EDR de Lins, com 6% de participação e US$ 1,1 bilhão em vendas.
Em quarto lugar ficou o EDR de Barretos, com US$ 941 milhões exportados, ou 5,2% do total setorial.
As empresas sediadas nos territórios dos EDRs de Piracicaba e Campinas aparecem em quinto e sexto lugares, participação de 4,9% e 2,8%, respec