Com os investimentos, o campus Machado sai na frente, atendendo a uma fatia crescente de mercado e aos pequenos produtores.
O Diretor Geral do Campus Machado, professor Carlos Henrique Rodrigues Reinato, assinou em BH, na manhã desta terça, 6/12, um convênio com a Secretaria de Estado de Governo de MG, que prevê o financiamento de R$ 306 mil para a compra de uma encapsuladora de café. Os recursos vinham sendo solicitados por meio de projeto e foram aprovados mediante apoio do secretário Odair Cunha. Com os investimentos, o campus Machado sai na frente, atendendo a uma fatia crescente de mercado e aos pequenos produtores.
Para Carlos Henrique, “é mais um avanço para a instituição de ensino, que já tem um produto de alta qualidade, mas somente beneficiado da forma tradicional. Com o equipamento, teremos nossa marca levada a milhares de novos consumidores, privilegiando ainda a pesquisa voltada a máxima qualidade de nossos grãos”. Na ocasião, o diretor foi acompanhado do chefe de gabinete, Luciano Olinto Alves.
O projeto do campus
O diferencial do projeto desenvolvido em Machado é disponibilizar o encapsulamento a preço de custo para produtores com dificuldade em acessar tal mercado. Será utilizado também nos programas Certifica Minas e Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de MG, sendo uma indústria modelo para demais empresas ou interessados na industrialização.
A máquina dever ter capacidade para produção de 20/25 cápsulas por minuto, compatíveis com o Nespresso®, em sistema de selagem individual e empacotadora de injeção de gás inerte.
O encapsulamento, devido ao preço de seus insumos, é oneroso ao industrializador, que repassa o custo ao pequeno produtor ou, para ter maior lucro, exige que a industrialização seja em grande escala. Com o apoio da instituição de ensino federal, a agricultura familiar tem mais chances de produzir micro e pequenos lotes de cafés especialíssimos. Segundo o professor Leandro Carlos Paiva, especialista em cafeicultura, “pequenos e médios produtores entregam a maioria da produção a cooperativas e ao exportador, que liga seus lotes a de outros, o que os descaracteriza. O IF buscará agregar vários segmentos, de forma a montar uma plataforma de negócios no qual os agricultores tenham acesso a um sistema que traz maior valor ao produto, a um preço acessível e a possibilidade de dar mais visibilidade ao café especial”.
Segundo dados da Associação Brasileira de Indústria de Café – ABIC, o mercado de café em cápsulas no país poderá crescer 2,2 vezes até 2019 – para R$ 2,2 bilhões. “Tal expansão será acompanhada pelo aumento no número de empresas que fabricam cápsulas, número que de 2014 a 2016 já passou de 4 para 150”. As informações foram divulgadas durante o 24º Encontro Nacional das Indústrias de Café (EnCafé), em Una (BA).
Curiosidades sobre as cápsulas
· No Brasil consumo de monodoses foi de R$ 24,5milhões em 2008 e chegou a R$ 204,6 milhões em 2012. Ainda assim, representam apenas 2% do total vendido. (GECOM-UFLA; 2015)
· As máquinas de café expresso domésticas ultrapassaram 850 mil unidades (KantarWorldpanel2012).
· As cápsulas estão presentes em 0,6% dos lares, segundo pesquisa da AC Nielsen, em 2012/2013.
· No mundo o crescimento do segmento de cápsulas é em torno de 25%. (GECOM-UFLA; 2015)
Editor Joomla: Diego Souza
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06/12/2016