Motoristas enfrentam dificuldades para atravessar 64 pontos de 23 rodovias federais em seis estados
AGU decidiu entrar na Justiça Federal com pedido de liberação das rodovias bloqueadas (Foto: Agência Brasil)
Caminhoneiros mantêm diversos pontos das rodovias federais parcialmente ou totalmente bloqueados na manhã desta terça-feira (24/2), informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os caminhoneiros protestam contra o aumento no preço de combustíveis e os baixos valores dos fretes.
De acordo com o último balanço da PRF, divulgado ontem (23/2) à noite, motoristas enfrentam dificuldades para atravessar 64 pontos de 23 rodovias federais em seis estados.
Os estados mais prejudicados são Rio Grande do Sul, com 23 pontos interditados, Santa Catarina, com 15 trechos bloqueados e Paraná, com dez bloqueios. As rodovias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais também têm pontos bloqueados.
A PRF informa que tem negociado com os manifestantes para liberar a passagem de ambulâncias, veículos de passeio e de transporte de passageiros. Até o momento, não houve registro de confronto entre caminhoneiros e policiais rodoviários federais.
Ontem, a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu entrar na Justiça Federal com pedido de liberação das rodovias bloqueadas. De acordo com a AGU, a medida tem o apoio do Ministério da Justiça, por meio da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional.
As ações, segundo a AGU, foram ajuizadas nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O órgão informa ainda que pediu a autorização da Justiça para que o Poder Público possa adotar “medidas necessárias para garantir a circulação nas pistas e a fixação de multa de R$ 100 mil para cada hora que os manifestantes se recusarem a liberar o tráfego”.
O governo de Santa Catarina informou que os bloqueios estão causando prejuízos para as agroindústrias e para os produtores de leite nos municípios de Campos Novos e em São Miguel do Oeste, prejudicando o deslocamento de cargas em toda a região. Segundo o governo, a ração e outros insumos não chegam aos produtores de frangos e suínos. As indústrias vão suspender a coleta do leite nas propriedades rurais a partir de hoje.