Poço Fundo (MG), 23 de Março de 2009 – O câmbio favorável e a alta demanda por produtos orgânicos favorecem as vendas dos cafeicultores das cidades do sul de Minas Gerais. Cabe à Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam) cuidar do embarque de 85% da produção do café orgânico da região. Isso significa que o melhor café brasileiro não é comercializado no País. O cafeicultor Luis Adalto de Oliveira, dono do Sítio das Pedras, em Poço Fundo, recebeu o prêmio de Melhor Bebida do Brasil. Com base nos critérios da Specialty Coffee Association of América (SCAA), a produção alcançou 91 pontos, em uma escala na qual o benchmark é 94 pontos. A maioria dos cafés brasileiros têm média de 87 pontos.
“Os 15% da produção restantes são consumidos por aqui”, diz Adalto, que também preside a cooperativa. Ele possui uma plantação orgânica de 20 mil pés de café, espalhados por 6,8 hectares. A produtividade, desde que começou a produzir orgânico, em 2005, é de 45 sacas beneficiadas por hectare, onde colhe entre 240 e 250 sacas por ano “A transição de convencional para orgânico é de longo prazo. Já estou no limite da minha produção e não tenho como expandi-la, pois sou um agricultor familiar”.