Câmbio derruba embarques de café conillon

10/12/09

Já o grão tipo arábica aumentou em 13 por cento a participação nas exportações

O Brasil exportou 27,7 milhões de sacas de café em 2009, representando um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, com a valorização da moeda nacional frente ao dólar, o faturamento despencou. Nos primeiros 11 meses o Brasil faturou US$ 3,86 bilhões ante os US$ 4,25 bilhões levantados no ano passado.

Os dados apresentados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) também registram uma queda nas exportações de café solúvel. Neste período foram exportados 2,6 milhões de sacas, ou seja, 17% que os 3,11 milhões exportados em 2008.

O envio de café tipo conillon apresentou uma queda maior. No período, a queda observada pelo Cecafé foi de 46%. O País embarcou 1,03 milhão nos primeiros 11 meses, contra 1,91 milhão no mesmo período de 2008.

Positivo

Se ocorreu uma queda acentuada nas exportações do conillon e de café solúvel, o mesmo não se observou no café arábica. O Conselho dos Exportadores de Café identificou um aumento de 9% no embarque de café verde, sendo que deste montante, 13% são referentes ao tipo arábica.

“Historicamente, o mercado internacional sempre optou pelo arábica, que é de melhor qualidade. A queda do collinon tem relação com os preços internacionais e o aspecto cambial, onde ocorreu uma desvalorização da moeda americana, sendo que o setor não sentirá grandes alterações, pois o conillon é assimilado no mercado interno”, observa Gilson José Ximenes Abreu, presidente do CNC (Conselho Nacional do Café).

Nos últimos 12 meses o Brasil exportou 30,96 milhões de sacas de café, obtendo uma receita acumulada de US$ 4,358 bilhões. Os maiores compradores foram a Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica.  As informações partem do site Campo News conforme noticiou o Notícias Agrícolas.