Câmara Setorial do Café discute regulamentação do uso do selo Qualidade Café Paraná

O fortalecimento da cafeicultura paranaense faz parte da política de
diversificação da agricultura do Estado porque atende às necessidades de
sustentação da pequena propriedade da agricultura familiar e da agregação de
valor ao produto. A afirmação é do diretor-geral da Secretaria da Agricultura e
do Abastecimento, Herlon Goelzer de Almeida, ao participar da reunião da Câmara
Setorial do Café, na quarta-feira (27), em Curitiba.

Estavam presentes representantes dos produtores, da indústria, do poder
público e de associações e cooperativas de produtores. Foram debatidos temas
relacionados aos principais gargalos da cadeia de produção de café no Paraná.
Segundo Almeida, a Câmara Setorial representa um canal de diálogo com a
iniciativa privada, cuja interação pode contribuir para reduzir os custos de
produção para o cafeicultor e ampliar a eficiência do Programa de Revitalização
da Cafeicultura Paranaense, já deflagrado pelo governo do Estado.

Entre as principais decisões da Câmara Setorial, foi constituído um grupo
composto por representantes da Emater, Tecpar e Claspar para apresentar um
projeto para regulamentação da utilização do selo Qualidade Café Paraná. O
estudo deverá apontar como o selo poderá ser concedido, se haverá uma
certificadora para atestar o processo de qualidade junto aos cafeicultores, à
indústria, quis os parâmetros para essa certificação, qual o custo do processo.

“O que se pretende é regulamentar a utilização do selo para que ele ateste
realmente a qualidade do produto”, explicou o diretor do Departamento de
Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento,
Francisco Simioni.

Outra decisão da Câmara Setorial foi encomendar um estudo sobre a
possibilidade de ser adotada uma subvenção à aquisição de mudas de café para o
pequeno produtor. A Secretaria da Agricultura já solicitou uma suplementação
orçamentária à Secretaria do Planejamento para reestruturar o setor de produção
de mudas de café.

Para atender a meta de ampliar o plantio de café no Paraná em 10 mil hectares
por ano, conforme prevê o Plano de Revitalização da Cafeicultura, o setor de
produção de mudas será reorganizado para atender às necessidades do
produtor.

O pequeno produtor já está sendo capacitado em cursos implementados pela
Emater e Iapar para que possa entrar na atividade com o conhecimento necessário
para conduzir a lavoura. Nos cursos o pequeno produtor tem acesso à noção exata
de todo o processo de produção, como a implantação da lavoura dentro dos padrões
técnicos do plantio adensado, prevenção contra variedades climáticas e a prática
de uma cafeicultura sustentável como parte de diversificação da pequena
propriedade.