Calor forte e chuva constante favorecem culturas da época |
Umidade ajuda frutificação dos cafezais em Mococa; colheita de grãos e de frutas também está favorecida |
Calor forte, com temperatura acima de 34 graus, e chuvas de verão de fraca intensidade em praticamente todas as localidades marcaram a semana. Apenas em Ribeirão Preto não choveu. As condições do tempo favorecem as lavouras em praticamente todo o Estado de São Paulo e, mesmo em Presidente Prudente, Limeira, Piracicaba e Pindorama, onde a umidade está baixa, há condições razoáveis para o desenvolvimento das culturas da época. Em Mococa já são mais de quatro semanas com umidade máxima, favorecendo os cafezais em fase de frutificação, mas tornando-os mais suscetíveis à ocorrência de doenças. Além disso, com alta umidade a compactação do solo ocorre com maior facilidade, exigindo atenção por parte dos produtores para evitar o tráfego de máquinas e implementos logo após as chuvas. As chuvas intensas, comuns nessa época do ano, também favorecem a erosão do solo. Quando a umidade está muito alta, os agregados tornam-se mais frágeis e o escoamento superficial da água mais intenso, propiciando o carregamento de sedimentos e o início do processo erosivo. A umidade e temperatura elevadas favoreceram a cana-de-açúcar em Tietê, Votuporanga e Jaú, o milho em Assis e Tatuí e as pastagens de Adamantina e Pindamonhangaba. Essas culturas são capazes de aumentar a produção de biomassa mesmo sob altas temperaturas, desde que não haja restrição hídrica. GRÃOS A colheita e a secagem de grãos foram favorecidas pelos dias quentes e secos. Nas lavouras de feijão em Capão bonito, Itaberá e Itapeva e das áreas mais precoces de amendoim em Jaboticabal, Sertãozinho e Ribeirão Preto, a prática foi realizada com boa eficiência. O tempo também foi bom para a colheita de pêssego em Atibaia, Guararema e Olambra II; uva em Itu, Jundiaí e Vinhedo; figo em Campinas e Valinhos; manga em Taquaritinga e Monte Alto; de banana em Pariquera-Açu e Registro; limão em Pindorama; de goiaba na região de Campinas; e da batata em Itapetininga. *Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (trabalho desenvolvido com o Instituto Agronômico – IAC. Para mais informações sobre clima e temperatura, acesse os sites: www.agritempo.gov.br e http://ciiagro.iac.sp.gov.br) |