Em algumas regiões de Minas Gerais e sul do Espírito Santo a falta de chuvas significativas – acima dos 10 mm – vêm causando preocupações aos cafeicultores.
De acordo com o engenheiro agrônomo da SOMAR Meteorologia, Marco Antônio dos Santos, não é só o tempo mais seco que está trazendo problemas às plantas, mas as altas temperaturas registradas nessas últimas semanas. Segundo a SOMAR, os valores estão até 4°C acima da média para o período.
Dentro deste contexto, a SOMAR observa que os cafezais já começam a dar sinais de quebra de produtividade. Mesmo assim, essa quebra ainda é bem baixa. Mas já é preciso ficar atento em relação à produção esse ano. Esse ano a produção não será tão generosa como os demais anos anteriores,com uma redução de até 30%, em algumas regiões, quando comparada a safra passada (2010).
Marco Antônio explica que, como os grãos de café se encontram na fase de granação, pequenos déficits hídricos podem causar um grande impacto à produtividade. Essa fase é uma das que mais necessitam de água e, com o forte calor, a demanda hídrica da planta aumenta muito, exigindo, portanto, que o solo tenha uma maior quantidade de água, fato este que não está ocorrendo.
Outro fato que vêm chamando a atenção é o percentual maior de frutos atacados por pragas, em especial a Broca do cafeeiro. Mesmo assim, como o tempo mais aberto e seco os produtores conseguem ir a campo e realizar os devidos tratamentos fitossanitários para combater essa praga. Que causa sérios danos ao fruto.
Nas regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo a previsão da SOMAR para os próximos 5 dias é de chuvas fracas e bem localizadas. Somente após o dia 25/02 é que os modelos indicam chuvas mais generalizadas sobre todas as regiões produtoras do sudeste brasileiro, com volumes acumulados em 5 dias, em torno dos 70 mm. Desse modo, volta a ter condições ideais ao pleno desenvolvimentoda planta e dos frutos.
Fonte: Coffee Break