Calendário do Café
























































































































































































Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Adubação do Solo
Adubação Foliar
Análise de Folha
Análise de Solo
Calagem
Capinas (manuais, mecânica, químicas)
Colheita
Controle do Bicho Mineiro
Controle da Broca do Café
Controle da Cigarra
Controle de Ferrugem
Culturas Intercalares

Fazer plantios intercalares apenas no 1º e 2º ano

Desbrota
Esparramação
Plantio
Podas
Produção de Mudas de Café






Análise de Solo


Instruções para retirada de amostras




  1. Uma amostra não deve representar uma área com mais de 10 hectares (+ ou – 4 alqueires);



  2. Retire no mínimo 20 amostras simples em pontos diferentes de uma mesma gleba. Não importa o tamanho do terreno. O terreno tem que apresentar o mesmo padrão quanto a Cor – Topografia (baixada, encosta ou espigão) – Textura (argilosa ou arenosa).



  3. Nessa área uniforme caminhe em zigue zague, tirando em pontos diferentes do terreno as amostras simples.



  4. As amostras simples são retiradas abrindo-se uma cova de 20 cm de profundidade. Limpe levemente a superfície do terreno, eliminado-se as folhas, restos de culturas e galhos.



  5. Aberta a cova retire uma fatia de terra do barranco dessa cova.



  6. Colocar essa fatia de terra em uma lata ou balde limpo.



  7. Repetir essa operação em diversos pontos do terreno sempre caminhando em zigue zague.



  8. Depois de retiradas as amostras simples, misture bem. Dessa mistura, tire umas 500 gramas (meio quilo) e coloque essa terra no saquinho apropriado.



  9. Para retirar amostras de terra em lavouras de café o procedimento é o mesmo. Varia apenas o local da retirada das diversas amostras simples. Em lavouras cafeeiras as amostras são tiradas na projeção da saia do café.



  10. Não retirar amostras perto de residências, formigueiros, estábulos, depósitos de adubo ou calcário.


Os saquinhos para amostra de solo estão disponíveis nos núcleos. Estas amostras podem ser entregues nos núcleos ou diretamente no Laboratório João Carlos Pedreira de Freitas, em Guaxupé – MG.




Calagem


Porque fazer a calagem?


A acidez é uma constante nos solos brasileiros. De um modo geral, o pH médio dos nossos solos é de 5,1 e está longe do pH  em que o cafeeiro se desenvolve melhor e produz mais.


Um solo é considerado ácido quando seu pH é abaixo de 7,0 e especificamente para o cafeeiro as melhores produções são obtidas quando o pH está na faixa de 6,0 a 6,5.


A calagem é considerada a prática que mais contribui para o aumento da eficiência dos fertilizantes e, consequentemente, da produtividade e da rentabilidade da agropecuária. Portanto, a utilização de calcário é uma prática obrigatória para as culturas onde a análise de solo acusar sua necessidade, isto é, quando o pH mostrar acidez no solo.


 


 


Efeitos benéficos da calagem




  • Correção da acidez (elevação do pH);



  • Neutralização do alumínio tóxico;



  • Insolubilização do Manganês tóxico;



  • Fornecimento de Cálcio e Magnésio;



  • Aumenta a disponibilidade e aproveitamento do Fósforo, Potássio, Enxofre e Molibdênio, essenciais para as plantas;



  • Melhoramento da estrutura do solo;



  • Aumento na atividade dos microorganismos do solo, que atuam na mineralização da matéria orgânica e na fixação do Nitrogênio do ar pelas plantas leguminosas (Feijão – Soja – Amendoim);



  • Neutralizar a acidez  dos adubos acidificantes.


 


Porque o solo fica ácido?




  • A água da chuva ou irrigação arrasta as bases (Potássio, Cálcio e Magnésio), deixando o solo carregado de Hidrogênio.



  • A raiz das plantas ao retirar os nutrientes (Potássio, Cálcio e Magnésio), devolve ao solo Hidrogênio.



  • A erosão, arrastando a camada arável do solo, deixa o subsolo carregado de Hidrogênio;



  • O uso de adubos acidificantes, como: Sulfato de Amônio, uréia, nitrato de amônio, MAP e DAP.


 


Você sabia que:




  • Calcário faz muito mais do que corrigir a acidez do solo;



  • Calcário melhora as condições físicas do solo;



  • Calcário estimula a atividade microbiana no solo;



  • Calcário faz com que os elementos minerais sejam mais disponíveis para as plantas;



  • Calcário melhora a fixação simbiótica de N pelas leguminosas.



  • Quando adubamos um solo ácido (pH = 5,0), em torno de 50% do efeito da adubação não é aproveitada pelas plantas;



  • Se, ao contrário, adubamos um solo corrigido (pH = 6,5), praticamente 100%  do efeito da adubação é aproveitada  pelas plantas;



  • Não devemos considerar as despesas com calcário como um custo a mais, ao custo de produção da lavoura, porque essas despesas se pagam com o prejuízo que se terá, se não usar o calcário;



  • Portanto, o agricultor começa a ter lucro, a partir do momento em que ele se decide a usar calcário.



  • Para cada tonelada de Sulfato de Amônio usado como adubo, é necessário 1.100 kg de corretivo para neutralizar sua acidez, para o Nitrato de Amônio são necessários 600 kg, e para a Uréia são necessários 840 kg de corretivo.


 


 








Bicho Mineiro



Originário do continente africano, o bicho mineiro – Perileucoptera coffeella (Gerr. Merrev., 1842) está disseminado por todas as regiões do mundo. O seu ataque em cafezais foi observado pela primeira vez nas Antilhas em 1.842 e já em 1.850 foi constatado no Brasil, tornando-se a principal praga do cafeeiro. 


 


O Ciclo:


O bicho mineiro é uma pequena mariposa com coloração branco brilhante na parte dorsal medindo 6,5 mm de envergadura. 


Essas pequenas mariposas escondem-se durante o dia na parte inferior das folhas, iniciando sua atividade ao anoitecer. Colocam os ovos na parte superior das folhas e destes saem pequenas lagartas que penetram nas folha alimentando-se destas. A medida que se alimentam, vão abrindo galerias ou “minas”, entre a página superior e inferior das folhas, daí a origem da denominação “Bicho Mineiro”.


As minas provocam o secamento da parte da folha correspondente a área atacada e podem ocasionar a queda da folha quando o ataque for intenso.


Quando completamente desenvolvida, a lagarta sai da mina, abrindo uma fenda na epiderme superior da folha e encrisalidando-se na parte inferior da folha, normalmente na parte baixa do cafeeiro, onde chega pendurada por um pequeno fio de seda. A crisálida é branca sendo protegida por um casulo em forma de X, tecido por fios de seda. Após determinado período, que aproximadamente de 5 a 25 dias, nasce outra mariposa iniciando novamente o ciclo da praga.


Podem ocorrer 8 a 12 gerações dessa praga por ano, tendo como condições ideais para desenvolvimento do inseto, temperatura em torno de 27°C e longos períodos de estiagem. Regiões muito quentes apresentam maior número de gerações da praga.


 


 


Prejuízos 


Através de estudos realizados verificou-se que, em ataques severos do bicho mineiro cerca de 61% das folhas atacadas caem, e independente do tamanho da lesão, todas as folhas atacadas tem sua eficiência fotossintética bastante reduzida.


Desta forma, dependendo da intensidade de infestação, podem ocorrer de 30 a 80% de prejuízos na produção, comprometendo todo esforço do produtor em conseguir boas safras através de adubações, capinas, podas e tratamentos fitossanitários (ferrugem, cercóspora, phoma, etc).


As piores conseqüências ocorrem quando se verificam folhas com ataques superiores a 50% ou então quando ocorrem desfolhas precoces, a partir de abril até agosto – setembro. Desfolhas sucessivas tornam as plantas enfraquecidas comprometendo sua longevidade.


As desfolhas precoces reduzem a formação de botões florais e as tardias influem negativamente no pegamento da florada. As desfolhas graves causam seca de ramos, principalmente nas plantas jovens (até 3 a 4 anos).



 


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